Introdução: A criptococose em gatos é uma enfermidade fúngica sistêmica, provocada principalmente pelas leveduras Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, com importância clínica e zoonótica significativa. Estes fungos podem ser encontrados em locais poluídos por fezes de aves e restos de vegetais em decomposição, e a infecção acontece principalmente através da inalação de esporos. Felinos com imunodeficiência, como os infectados pelos vírus da imunodeficiência felina (FIV) e leucemia felina (FeLV), apresentam maior propensão à enfermidade. Objetivo: O objetivo deste estudo foi revisar os aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da criptococose felina, além de discutir suas implicações zoonóticas para a saúde pública. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com análise de artigos e estudos publicados entre 2000 e 2023. A pesquisa abordou os métodos diagnósticos, os tratamentos antifúngicos e as implicações zoonóticas da doença, com foco em Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Resultados e Discussão: A criptococose felina pode se manifestar com sintomas respiratórios, neurológicos e oculares. O diagnóstico é realizado por citologia, cultura de fungos e identificação de antígenos. O tratamento envolve antifúngicos como itraconazol e fluconazol, com acompanhamento clínico para prevenir recaídas. Casos graves, que afetam o sistema nervoso central, apresentam prognóstico reservado. A doença possui implicações zoonóticas, especialmente para indivíduos imunossuprimidos e profissionais veterinários, sendo necessário adotar medidas de prevenção, como o controle ambiental e o uso de equipamentos de proteção. Conclusão: A criptococose felina exige diagnóstico precoce e tratamento adequado para melhorar o prognóstico dos felinos afetados e reduzir os riscos de transmissão zoonótica. O controle ambiental e a proteção dos profissionais veterinários são fundamentais na prevenção da doença.
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