Introdução: Os antibióticos desempenham um papel crucial no tratamento de infecções bacterianas em pediatria, sendo a prescrição criteriosa essencial para minimizar riscos de resistência bacteriana e efeitos adversos. Entre os mais utilizados, destacam-se a amoxicilina, indicada para infecções respiratórias e otites; as cefalosporinas, como a cefalexina, para infecções de pele e tecidos moles; e a azitromicina, empregada em infecções respiratórias e cutâneas. No entanto, a resistência bacteriana é um desafio crescente, especialmente em relação às penicilinas, como a amoxicilina. O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é uma preocupação significativa, devido ao aumento de infecções comunitárias, reforçando a importância do uso consciente e protocolos de tratamento atualizados. Objetivo: Analisar, através de uma revisão de literatura integrativa, as atualizações das diretrizes e a resistência bacteriana em pediatria. Metodologia: A metodologia consistiu em uma revisão integrativa de literatura, empregando as bases de dados LILACS, PubMed, Google Acadêmico e SciELO, abrangendo publicações entre 2019 e 2024. A busca foi direcionada pela estratégia PICO, com a pergunta: “Quais são as atualizações das diretrizes e os desafios relacionados à resistência bacteriana no uso de antibióticos em pediatria?”. Foram incluídos artigos científicos originais publicados em português ou inglês, excluindo-se revisões de literatura. Após triagem e análise de relevância, nove artigos foram selecionados para compor os resultados. Esse método permitiu a identificação de práticas recomendadas e o delineamento de avanços no manejo de infecções bacterianas em pediatria, com foco no uso racional de antibióticos e na contenção da resistência bacteriana. Resultados: As diretrizes mais recentes reforçam a importância de medidas criteriosas para o manejo de infecções bacterianas em pediatria. Entre as principais recomendações, destaca-se a realização de culturas microbiológicas antes do início da terapia antibiótica, visando identificar o agente causador e direcionar o tratamento de forma específica. Além disso, enfatiza-se o uso prudente de antibióticos, com a orientação de evitar prescrições desnecessárias, especialmente em casos de infecções de origem viral, nas quais o uso desses medicamentos é ineficaz e pode contribuir para o aumento da resistência bacteriana. Outro ponto de destaque é a priorização de antibióticos de espectro estreito, sempre que viável, para preservar a eficácia de agentes de espectro mais amplo e reduzir o risco de desenvolvimento de cepas resistentes. Essas atualizações ressaltam a necessidade de decisões clínicas baseadas em evidências, que considerem não apenas o benefício imediato ao paciente, mas também o impacto a longo prazo sobre a saúde pública. Dessa forma, a adoção dessas diretrizes promove um equilíbrio entre eficácia terapêutica e responsabilidade no uso de antibióticos, contribuindo para o enfrentamento do desafio global da resistência bacteriana. Considerações finais: Reforça-se, portanto, a importância de uma abordagem criteriosa no uso de antibióticos em pediatria, com ênfase no equilíbrio entre eficácia terapêutica e prevenção da resistência bacteriana. A priorização de culturas microbiológicas e o uso de antibióticos de espectro estreito são essenciais para a prática clínica responsável. Além disso, a implementação de diretrizes atualizadas, baseada em evidências, deve ser constante para enfrentar desafios crescentes, como infecções por MRSA. A conscientização dos profissionais de saúde e políticas públicas efetivas são fundamentais para assegurar a sustentabilidade terapêutica a longo prazo.
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