Introdução: O pneumotórax é uma condição caracterizada pela presença de ar na cavidade pleural, resultando no colapso parcial ou total do pulmão afetado. Ele pode ser classificado como espontâneo, que pode ser primário ou secundário, ou traumático, geralmente decorrente de lesões físicas no tórax. O pneumotórax espontâneo primário ocorre sem doenças pulmonares subjacentes, enquanto o secundário está associado a condições como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecções. Os principais sintomas incluem dor torácica aguda, dispneia, taquicardia e hipotensão em casos graves. Dessa forma, a gravidade do pneumotórax depende da quantidade de ar presente e da função pulmonar comprometida, o que torna o manejo adequado essencial para evitar complicações maiores. Objetivo: Revisar a literatura acerca da classificação, manejo e desafios no manejo dos tipos de pneumotórax. Metodologia: A presente revisão de literatura tem como objetivo analisar a classificação, o manejo e os desafios no tratamento do pneumotórax. A busca foi realizada nas bases de dados PUBMED, LATINDEX e Google Acadêmico, incluindo artigos completos, experimentais ou não, publicados entre 2014 e 2024, em inglês ou português. A estratégia PICO adotada foi: "Em pacientes com pneumotórax, quais são os desafios e opções de manejo?". Foram incluídos artigos que abordam diferentes tipos de pneumotórax, métodos de tratamento e complicações associadas. Excluíram-se estudos com amostras pequenas, artigos não acessíveis integralmente ou fora do período de publicação especificado. Ao final, 17 artigos foram analisados. Resultados: O pneumotórax é classificado em diferentes tipos, dependendo da sua causa e contexto. O pneumotórax espontâneo primário ocorre sem causa aparente e é mais comum em indivíduos jovens e saudáveis. Já o pneumotórax espontâneo secundário está associado a condições pulmonares preexistentes, como DPOC ou fibrose cística. O pneumotórax traumático resulta de traumas torácicos, como fraturas de costelas ou ferimentos penetrantes. Por fim, o pneumotórax iatrogênico surge como consequência de procedimentos médicos, como ventilação mecânica ou biópsias pulmonares. O manejo do pneumotórax depende da sua gravidade. Em casos pequenos e assintomáticos, pode-se optar pela observação. Já nos casos maiores ou sintomáticos, a drenagem pleural, utilizando um tubo torácico ou agulha, é indicada. Quando o pneumotórax se torna recorrente ou exige reparo estrutural, a cirurgia é o tratamento de escolha. Entretanto, desafios no manejo incluem a dificuldade no diagnóstico precoce, especialmente em pacientes com sintomas vagos, o risco de recorrência, especialmente em pneumotórax espontâneos, e as complicações associadas, como infecção pleural e hemotórax, que requerem vigilância rigorosa. Conclusão: O manejo do pneumotórax continua sendo um desafio clínico, especialmente devido à complexidade de seu diagnóstico precoce e à alta taxa de recorrência, particularmente no pneumotórax espontâneo. A abordagem terapêutica deve ser adaptada às características específicas de cada paciente, considerando a gravidade e os fatores de risco envolvidos. Dessa forma, é essencial que mais estudos sejam realizados para aprimorar os protocolos de diagnóstico e tratamento, além de investigar novas abordagens para prevenir complicações e recorrências. O avanço na compreensão do pneumotórax pode melhorar significativamente os desfechos clínicos.
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