A vacinação durante a gestação é uma intervenção vital para proteger a saúde materna e neonatal, sendo eficaz na redução de morbidades neonatais e na proteção contra doenças infecciosas. Recém-nascidos são particularmente vulneráveis a infecções devido à imaturidade do sistema imunológico, o que torna a imunização uma ferramenta fundamental para evitar hospitalizações, complicações e até mortes. Vacinas como a BCG e a Hepatite B são administradas logo após o nascimento, protegendo contra doenças graves, enquanto a imunização materna também contribui para a saúde do bebê, fornecendo anticorpos através da placenta. Este estudo se propôs a realizar uma revisão sistemática da literatura para analisar os benefícios dos programas de vacinação na gestação. A pesquisa foi conduzida com base nas diretrizes PRISMA, utilizando uma busca abrangente nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO e Cochrane Library, com foco em estudos publicados entre 2020 e 2024. A estratégia de busca incluiu descritores controlados e palavras-chave relevantes, como "vacinação durante a gestação," "imunização materna," e "morbidade neonatal." Foram considerados apenas estudos que investigaram os efeitos da vacinação na gestação na saúde do recém-nascido, sendo excluídos artigos de opinião e estudos que não atendiam aos critérios de inclusão. A seleção dos estudos foi feita em duas etapas por dois revisores independentes, com a resolução de divergências por meio de um terceiro revisor. Os resultados indicam que a imunização materna tem benefícios diretos, como a redução da mortalidade neonatal e hospitalizações devido a doenças como a gripe e a coqueluche, e promove a imunidade coletiva. A vacinação também contribui para a diminuição do uso de antibióticos e da resistência bacteriana. Entretanto, a adesão a essas vacinas pode ser prejudicada por barreiras como desinformação e dificuldades de acesso, que podem ser superadas por campanhas educativas e políticas públicas de conscientização. Em conclusão, a vacinação durante a gestação é uma estratégia essencial para a saúde neonatal, reduzindo morbidades e promovendo um início de vida mais saudável. A adesão a essas práticas pode ser maximizada por meio de políticas eficazes e aumento da conscientização
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