Introdução: As verminoses afetam especialmente populações vulneráveis, como crianças, devido à exposição a ambientes contaminados e à falta de saneamento básico. Essas infecções, como ascaridíase e ancilostomíase, causam problemas graves, incluindo desnutrição, anemia e atrasos no desenvolvimento. O Brasil enfrenta desafios devido ao clima e à infraestrutura precária, intensificando a transmissão. Além disso, a resistência aos medicamentos anti-helmínticos e a falta de acesso à água potável dificultam o controle. A abordagem integrada, envolvendo educação em saúde, melhorias no saneamento e novas terapias, é crucial para quebrar o ciclo de transmissão e melhorar a qualidade de vida nas regiões afetadas. Objetivo: Promover estratégias integradas para controlar verminoses e promover a saúde em uma comunidade, por meio de ações educativas e práticas de intervenção. Métodos: Esta revisão integrativa teve como objetivo analisar as estratégias integradas para o controle das verminoses, com foco em intervenções que visem a promoção de comunidades mais saudáveis. Foram realizadas buscas nas bases de dados LILACS, PUBMED, LATINDEX e SCIELO, selecionando artigos completos gratuitos publicados entre 2014 e 2024, nos idiomas inglês, espanhol ou português. A pesquisa seguiu a estratégia PICO, formulando a questão: "Quais são as estratégias mais eficazes para o controle integrado das verminoses em comunidades?" Foram incluídos estudos revisados por pares e com relevância para o tema, enquanto artigos com amostras pequenas ou metodologias inadequadas foram excluídos. Os descritores utilizados foram "Verminoses", "Controle Integrado", "Saúde Comunitária", "Estratégias de Prevenção" e "Promoção da Saúde". A seleção foi realizada por dois revisores cegos, utilizando a plataforma Rayyan, e ao final, 18 estudos foram considerados para a análise. Resultados: As verminoses são infecções causadas por parasitas que afetam principalmente populações vulneráveis, como crianças em idade escolar, devido ao contato com ambientes contaminados e a falta de saneamento básico. No Brasil, as condições ambientais favorecem a disseminação dessas doenças, comprometendo a saúde das populações mais afetadas. As verminoses podem ser classificadas em helmintíases, causadas por vermes, e protozooses, causadas por protozoários. Os parasitas mais comuns incluem Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Schistosoma mansoni e Taenia solium, que provocam doenças como ascaridíase, ancilostomíase, esquistossomose e cisticercose. As verminoses podem causar sintomas como dor abdominal, anemia, desnutrição e complicações respiratórias e neurológicas. O controle das verminoses depende de estratégias integradas, incluindo programas de desparasitação em massa, melhorias no saneamento básico e campanhas educativas. A prevenção é fundamental, e a implementação de sistemas adequados de esgoto, tratamento de água e disposições corretas de resíduos são essenciais para reduzir a transmissão. Programas governamentais, como o Programa Nacional de Controle de Helmintoses, e parcerias com organizações internacionais são vitais para o enfrentamento dessas doenças. A educação em saúde também desempenha papel importante na redução de infecções e na mudança de comportamentos de risco. Conclusão: Em conclusão, as estratégias integradas para o controle das verminoses desempenham um papel fundamental na promoção de comunidades mais saudáveis. A combinação de intervenções farmacológicas, educativas e de infraestrutura, associada ao engajamento da comunidade, se mostrou eficaz para reduzir a prevalência dessas doenças. A colaboração entre profissionais de saúde, governos e a própria população é essencial para a implementação bem-sucedida dessas ações. Assim, é necessário continuar investindo em programas de prevenção e no fortalecimento da conscientização, visando a erradicação das verminoses e a melhoria da saúde pública em diversas regiões.
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