Introdução: Em 1935, Stein e Leventhal descreveram a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), caracterizada por amenorreia, infertilidade, obesidade e hirsutismo. A SOP envolve hiperandrogenismo, resistência à insulina e inflamação crônica. O diagnóstico é clínico, com base em irregularidades menstruais, hiperandrogenismo e ovários policísticos, usando critérios do NIH e AE-PCOS. O tratamento prioriza mudanças no estilo de vida, especialmente em obesas, antes de abordar a infertilidade. Estratégias específicas evitam complicações em tratamentos como fertilização in vitro. Em algumas regiões acesso a serviços especializados é essencial para diagnóstico, manejo eficaz e prevenção de complicações metabólicas e cardiovasculares. Objetivo: Analisar o manejo das pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Métodos: Este estudo apresenta uma revisão de literatura sobre a abordagem clínica de pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). A pesquisa utilizou bases como PubMed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Latindex, considerando artigos publicados entre 2020 e 2024. Foram incluídos estudos experimentais e descritivos que discutissem os aspectos clínicos da SOP. Critérios de exclusão eliminaram artigos indisponíveis gratuitamente ou em idiomas diferentes de português, inglês e espanhol. Após análise, 28 artigos foram selecionados inicialmente, mas apenas 13 atenderam integralmente aos critérios de inclusão. Os demais foram usados na discussão para ampliar o entendimento sobre a SOP e suas implicações clínicas. Resultados: O diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) em adolescentes exige atenção, pois sintomas como irregularidades menstruais e hiperandrogenismo são comuns na puberdade devido à imaturidade hormonal. Muitas adolescentes apresentam características que podem ser confundidas com SOP, como ovários policísticos na ultrassonografia. Para evitar diagnósticos equivocados, recomenda-se adiar a definição até dois anos após a menarca ou até os 18 anos, considerando sinais persistentes de anovulação e hiperandrogenismo. Os critérios diagnósticos evoluíram ao longo do tempo, com abordagens atuais priorizando uma avaliação mais criteriosa, especialmente em adolescentes. A ultrassonografia é desaconselhada nos primeiros anos após a menarca, e o diagnóstico laboratorial inclui análises hormonais detalhadas para excluir condições similares. O tratamento inicial é centrado em mudanças no estilo de vida, como adoção de uma dieta balanceada com redução de peso e prática regular de atividades físicas intensas. Essas medidas contribuem para melhorar sintomas estéticos, como acne e hirsutismo, além de reduzir a resistência à insulina, regularizar o ciclo menstrual e melhorar o perfil metabólico geral. Como complemento, a metformina pode ser empregada para melhorar a sensibilidade à insulina. O manejo adequado da SOP depende de uma abordagem individualizada e de acompanhamento contínuo, buscando controlar os sintomas e prevenir complicações metabólicas e reprodutivas a longo prazo. Conclusão: A abordagem clínica da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) exige diagnóstico criterioso e manejo multidisciplinar para minimizar impactos metabólicos, reprodutivos e psicológicos. Em adolescentes, é crucial diferenciar alterações hormonais típicas da puberdade dos sinais persistentes da síndrome, evitando diagnósticos equivocados. O tratamento inicial, centrado em mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e exercícios físicos, proporciona benefícios metabólicos e alivia sintomas como acne e irregularidade menstrual. Intervenções farmacológicas complementares, como a metformina, reforçam o controle da resistência à insulina. Assim, o manejo precoce e eficaz contribui para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações futuras em mulheres com SOP.
Comissão Organizadora
Editora Lion
Comissão Científica
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
