Introdução: A fratura do fêmur proximal é uma doença que está extremamente relacionada com a idade, sendo mais frequente em idosos devido principalmente à osteoporose. Esse tipo de fratura é geralmente decorrente de traumas de pequenas energias, sendo mais comum em mulheres pós-menopausa devido à queda de estrogênio. A fratura do fêmur proximal em idosos gera um alto custo socioeconômico, pois além de um tempo variável de internação o paciente enfrenta altas taxas de mortalidade, devido principalmente às complicações pós- operatórias. Objetivo: conhecer quais fatores estão mais associados a fraturas do fêmur proximal em idosos, com o intuito de prevenir a morbidade e a mortalidade dessa população. Metodologia: O trabalho se concentrou em um estudo epidemiológico transversal realizado no Hospital das Clínicas de Bauru, SP, entre junho e agosto de 2023. Questionário aplicado a 47 idosos com fratura de fêmur proximal abordou variáveis como idade, hábitos, saúde e tratamentos. A amostragem por conveniência selecionou pacientes via prontuários e consentimento livre. Resultados e Discussão: Foram entrevistados 47 pacientes, com média de idade de 76,19 anos, sendo 61,7% mulheres. Etnias: 44,7% pardos, 36,2% negros e 19,1% brancos. IMC: 89,4% peso normal, 8,5% sobrepeso. Entre mulheres, idade média de menarca foi 14,9 anos e de menopausa, 44 anos. Dos pacientes, 63,8% não fumavam, 23,4% consumiam álcool, 38,3% usavam anticonvulsivantes, 61,7% anti-hipertensivos e 40,4% corticoides. Quedas recorrentes ocorreram em 34%; 74,5% não praticavam atividade física. Dieta variada: 40,4% livre e 38,3% rica em leite e hortaliças. Apenas 14,9% realizaram reposição hormonal, 29,8% modificaram o ambiente doméstico e 38,3% tomavam sol regularmente. Ninguém fez densitometria óssea. Considerações Finais: A fratura do fêmur proximal em idosos ocorre mais entre mulheres pardas, sedentárias, com baixa ingestão de cálcio e exposição ao sol. Anti-hipertensivos foram os medicamentos mais associados. Nenhum participante realizou densitometria óssea, destacando o baixo acesso à prevenção. Fatores modificáveis incluem dieta, atividade física e mudanças ambientais.
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