A comunicação interdisciplinar é um aspecto essencial para a qualidade dos cuidados paliativos, especialmente nas Instituições de Longa Permanência para Idosos, onde o manejo de sintomas complexos e a fragilidade dos pacientes são desafios constantes. A colaboração entre profissionais de diferentes áreas, como médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, é fundamental para garantir a segurança do paciente e a eficácia do cuidado. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre a comunicação interdisciplinar em Instituições de Longa Permanência para Idosos e seu impacto na segurança do paciente idoso. Foram artigos analisados publicados entre 2020 e 2024 nas bases de dados PubMed, Scopus e BVS. A revisão incluiu 22 estudos que demonstraram que a comunicação eficaz entre as equipes reduz significativamente a ocorrência de eventos adversos, como quedas e erros de medicação, além de melhorar o controle de sintomas como dor, dispneia e ansiedade. Entre as estratégias identificadas, destaca-se o uso de ferramentas padronizadas de comunicação, como o Situation- Background-Assessment-Recommendation, e a realização de reuniões interdisciplinares regulares. Essas práticas facilitam a troca de informações e a cooperação do cuidado, promovendo um ambiente mais seguro e centrado no paciente. No entanto, a revisão também evidenciou barreiras graves, como a sobrecarga de trabalho e a falta de treinamento contínuo das equipes, que limitam a implementação dessas práticas de forma consistente. Conclui-se que o desenvolvimento de protocolos estruturados de comunicação e o investimento em capacitação são fundamentais para melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados paliativos em Instituições de Longa Permanência para Idosos, ressaltando a importância de uma abordagem colaborativa entre os profissionais de saúde.
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