ACROMEGALIA EM GATOS – RELAÇÃO COM DIABETES MELLITUS E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

  • Autor
  • Fabiano da Silva Martins
  • Co-autores
  • Lizane Paula de Farias e Silva , Andrea de Melo Mendes , Marilene Felipe Santiago , Isabelle Freitas de Andrade Araújo , Tatiane Gouveia Castelo Branco Barata , Nathalia Geovana de Brito , Gisele da Silva Cid
  • Resumo
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    Introdução: A acromegalia é uma condição endócrina desencadeada pela produção excessiva de hormônio do crescimento (GH), comumente ligada à existência de adenomas hipofisários. Esta condição é mais comum em gatos adultos ou idosos, principalmente machos castrados, e está diretamente relacionada à resistência à insulina, resultando no surgimento de diabetes mellitus (DM) secundário. Pesquisas realizadas por alguns autores sugerem que a acromegalia pode afetar até 25% dos gatos com diabetes, entretanto, pode-se dizer que esta condição é subdiagnosticada devido à sua progressão lenta e à dificuldade em identificar sinais clínicos iniciais. Diante disto e sua relevância clínica, é crucial entender. Diante disto, devido à sua relevância clínica, é crucial entender a conexão entre a acromegalia e o diabetes mellitus, os métodos diagnósticos disponíveis, particularmente os exames de imagem, que ajudam a detectar as alterações hipofisárias típicas dessa condição. Objetivo: Objetivou-se revisar os principais aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da acromegalia em gatos, com foco na sua relação com o diabetes mellitus e na utilização de exames de imagem para diagnóstico. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura científica, com a seleção de artigos publicados em bases de dados reconhecidas, como PubMed, Scielo e Google Scholar. Foram incluídos estudos que abordam aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da acromegalia em felinos, com foco na relação com o diabetes mellitus e nas metodologias de diagnóstico por imagem. Resultados: A acromegalia felina é caracterizada clinicamente por poliúria, polidipsia, polifagia e ausência de perda de peso em gatos diabéticos, o que a distingue de outras condições metabólicas. O aumento excessivo de tecidos corporais, organomegalias e manifestações neurológicas podem aparecer em estágios mais avançados, particularmente com o aumento do adenoma hipofisário. Além disso, a progressiva resistência à insulina complica o controle da glicose, representando um sinal relevante para a investigação de acromegalia em gatos com diabetes. Os exames laboratoriais, os exames de imagem e a avaliação endócrina são os métodos fundamentais do diagnóstico. No laboratório, nota-se hiperglicemia contínua, hiperproteinemia, hiperfosfatemia e elevação das enzimas hepáticas, características compatíveis com diabetes não controlado adequadamente. A medição do IGF-1 é importante para confirmar a acromegalia, apesar de valores normais poderem ser observados em fases iniciais da doença ou em circunstâncias de insulina portal insuficiente. Nos testes de imagem, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética desempenham um papel crucial na identificação e avaliação da neoplasia hipofisária, enquanto as radiografias e ultrassonografias contribuem para a identificação de organomegalias relacionadas. Ademais, a resistência à insulina em pacientes acromegálicos representa um dos maiores obstáculos na gestão clínica, particularmente em gatos diabéticos que exigem doses crescentes de insulina para manter o controle da glicose no sangue. Esta situação é um indicativo evidente do avanço da doença e enfatiza a importância de um diagnóstico precoce. Além disso, a estratégia terapêutica para a acromegalia em gatos combina o controle do diabetes mellitus e a redução da atividade do hormônio do crescimento. O uso de análogos de somatostatina, como a pasireotida, tem mostrado eficácia na redução dos níveis de IGF-1 e na melhora da sensibilidade à insulina, embora seus efeitos adversos limitem sua aplicação. A radioterapia estereotáxica é uma alternativa eficaz em casos de tumores volumosos, reduzindo a necessidade de insulina e favorecendo a remissão do diabetes em alguns casos. No entanto, a hipofisectomia transfenoidal permanece como o padrão-ouro para o tratamento, apesar de suas limitações relacionadas à complexidade técnica e ao custo elevado. Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, a acromegalia continua sendo subdiagnosticada, devido à sua progressão lenta e à semelhança de sintomas com outras endocrinopatias. A resistência insulínica, um indicativo importante, é frequentemente atribuída a outras causas, atrasando a detecção da doença. A associação de métodos diagnósticos, como exames de imagem e dosagem hormonal, é essencial para diferenciar a acromegalia de condições como o hiperadrenocorticismo e a pancreatite crônica, que também cursam com diabetes mellitus e resistência insulínica. Considerações finais: A acromegalia em felinos é uma condição endócrina frequentemente subdiagnosticada, porém é de grande importância clínica, principalmente por causa da sua ligação com o diabetes mellitus secundário. A detecção precoce exige uma estratégia conjunta de métodos laboratoriais, exames de imagem e uma avaliação clínica minuciosa. Terapias específicas, tais como análogos de somatostatina, radioterapia e hipofisectomia, têm progredido. No entanto, a seleção do tratamento é determinada pela condição do paciente e pelos recursos ao seu dispor. Diante disto, é essencial conscientizar os veterinários sobre a acromegalia e sua conexão com o diabetes mellitus para aprimorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes felinos.

     

  • Palavras-chave
  • IGF-1, Pequenos animais, Radioterapia
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