Introdução: A obstrução urinária em felinos é uma emergência veterinária comum, frequentemente associada à Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos (DTUIF). Essa condição pode resultar em complicações sérias, tais como azotemia pós-renal, uremia e problemas eletrolíticos, necessitando de uma ação rápida para prevenir consequências mortais. O primeiro tratamento consiste em estabilização clínica e desobstrução da bexiga, contudo, situações recorrentes podem exigir uma intervenção cirúrgica. Objetivo: Revisar a literatura sobre a uretrostomia perineal como tratamento definitivo para obstrução urinária recorrente em felinos, destacando sua eficácia e desafios. Metodologia: Foi conduzida uma revisão bibliográfica em bases como PubMed, Scielo e Google Scholar, considerando estudos publicados nos últimos 20 anos. Foram selecionados artigos que abordam a técnica cirúrgica, complicações e prognóstico dos pacientes submetidos ao procedimento. Resultados e Discussão: O procedimento de uretrostomia perineal é eficiente na prevenção de novas obstruções, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. No entanto, podem surgir complicações após a cirurgia, como infecções urinárias, sangramentos e estenose da bexiga. A eficácia do procedimento está atrelada a uma técnica cirúrgica apropriada e a cuidados pós-operatórios rigorosos, incluindo antibioticoterapia preventiva, gestão da dor e acompanhamento da recuperação. Ademais, é crucial manter uma dieta específica e promover a hidratação para diminuir o risco de novos episódios de doença urinária. Considerações finais: A uretrostomia perineal é uma opção cirúrgica eficaz para felinos com obstrução urinária recorrente, reduzindo significativamente a taxa de recidivas. No entanto, o acompanhamento veterinário contínuo e a orientação aos tutores sobre os cuidados necessários são essenciais para garantir o sucesso a longo prazo e a qualidade de vida dos pacientes operados
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