A encefalopatia metabólica é uma condição neurológica resultante de distúrbios sistêmicos que afetam o metabolismo cerebral e o fornecimento de energia ao sistema nervoso central (SNC). Diferente das encefalopatias de origem estrutural, esta condição envolve alterações funcionais no cérebro, como hipoglicemia, alterações na osmolaridade e a formação de toxinas endógenas. A hipoglicemia, caracterizada pela redução dos níveis de glicose sérica, é uma das principais causas dessa condição, dado que o cérebro depende de glicose para sua funcionalidade e homeostasia. Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sobre a encefalopatia metabólica em animais, com ênfase nos efeitos da hipoglicemia no SNC, suas causas, manifestações clínicas, diagnóstico e opções terapêuticas. Foi realizada uma revisão bibliográfica em fontes científicas sobre encefalopatia metabólica, focando na hipoglicemia em cães e gatos. Foram analisados artigos, livros e estudos de autores como Braund (2002) e Nelson & Couto (2015), que discutem os mecanismos fisiopatológicos e as abordagens terapêuticas dessa condição. A hipoglicemia é identificada como uma das principais causas de encefalopatia metabólica, sendo frequentemente associada a tumores funcionais das células das ilhotas de Langerhans (insulinoma) e condições como diabetes mellitus e sepse. A falta de glicose compromete rapidamente a função cerebral, levando a distúrbios neurológicos, como convulsões, ataxia e coma. A administração de glicose é eficaz na reversão dos sintomas, com resultados visíveis em menos de dois minutos em cães e gatos. Assim, pode-se concluir que a encefalopatia metabólica, especialmente a hipoglicemia, é uma condição crítica que requer diagnóstico precoce e tratamento imediato. A intervenção com glicose é fundamental para prevenir danos permanentes ao SNC, destacando a importância do manejo adequado das causas subjacentes da hipoglicemia para a recuperação neurológica dos pacientes.
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