INTRODUÇÃO: Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são amplamente prescritos para o alívio da dor e inflamação, sendo utilizados tanto em tratamentos agudos quanto crônicos. No entanto, o uso excessivo ou inadequado pode comprometer a função renal, especialmente em populações mais suscetíveis, como idosos, pacientes com insuficiência renal prévia, hipertensão, diabetes mellitus e insuficiência cardíaca. O risco de nefrotoxicidade aumenta ainda mais em indivíduos desidratados ou em uso concomitante de outros fármacos nefrotóxicos, tornando essencial a conscientização sobre seu uso racional. OBJETIVO: Analisar o impacto do uso excessivo de AINEs na função renal. METODOLOGIA: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, SciELO e BVS, utilizando descritores específicos do tema. A partir dos resultados encontrados, foram selecionados artigos publicados em português, inglês e espanhol até o ano de 2025. RESULTADOS: Estudos apontam que a inibição da síntese de prostaglandinas pelos AINEs é um mecanismo-chave para o desenvolvimento de lesão renal, uma vez que essas substâncias são essenciais para a manutenção do fluxo sanguíneo renal. A redução das prostaglandinas leva à vasoconstrição da arteríola aferente, comprometendo a perfusão renal, o que se torna especialmente crítico em pacientes com hipovolemia ou insuficiência cardíaca. Além disso, a nefrotoxicidade induzida por AINEs pode resultar em quadros como nefropatia intersticial aguda, necrose tubular aguda e agravamento de doenças renais pré-existentes, reforçando a necessidade de precaução em seu uso prolongado. CONCLUSÃO: A nefrotoxicidade associada ao uso de AINEs é uma complicação relevante que pode ser evitada com uma prescrição criteriosa e monitoramento adequado, especialmente em grupos de risco. A conscientização dos pacientes sobre os possíveis danos renais, aliada à recomendação de hidratação adequada e à revisão do uso de medicamentos concomitantes, é fundamental para minimizar os riscos e garantir um tratamento seguro.
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