Introdução: A Doença do Disco Intervertebral (DDIV) é uma das afecções neurológicas mais comuns em cães, especialmente em raças condrodistróficas como Dachshund, Shih Tzu e Poodle. A compressão medular decorrente da extrusão ou protrusão discal pode levar a sinais clínicos que variam de dor à paraplegia, exigindo intervenção cirúrgica em casos moderados a graves. A laminectomia dorsal é uma técnica amplamente utilizada para descompressão medular, sendo frequentemente associada à reabilitação fisioterápica no pós-operatório. Objetivo: Avaliar, por meio de revisão de literatura, a eficácia da laminectomia toracolombar na recuperação neurológica de cães acometidos por DDIV, destacando os fatores prognósticos envolvidos e a importância da fisioterapia no processo de reabilitação. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando bases como Scielo, Google Acadêmico e periódicos científicos veterinários. Foram selecionadas publicações dos últimos 20 anos que abordassem a técnica de laminectomia, os graus de acometimento neurológico e os resultados pós-operatórios em cães, com ênfase naqueles que também relataram o uso de fisioterapia como coadjuvante. Resultados e Discussão: A laminectomia dorsal mostrou-se eficaz na recuperação neurológica, especialmente em cães com preservação da nocicepção profunda. O tempo entre o início dos sinais clínicos e a cirurgia foi um fator determinante para o prognóstico. Cães operados nas primeiras 48 horas apresentaram maior chance de recuperação. O uso de fisioterapia no pós-operatório favoreceu a melhora locomotora, diminuiu o tempo de reabilitação e reduziu complicações secundárias. Pacientes com perda da dor profunda apresentaram prognóstico mais reservado, embora alguns tenham recuperado a locomoção com manejo intensivo. Considerações finais: A laminectomia toracolombar é um procedimento eficaz no tratamento da DDIV em cães, desde que realizado precocemente e associado a cuidados pós-operatórios adequados. A fisioterapia se destaca como um elemento fundamental na recuperação funcional, devendo ser incluída nos protocolos de tratamento. A integração entre diagnóstico precoce, cirurgia e reabilitação contribui para a melhora da qualidade de vida dos pacientes acometidos por essa afecção.
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