Lesão por pressão (LP) é caracterizada por dano na pele ou tecidos moles subjacentes. A avaliação de risco é reconhecidamente o primeiro passo para a redução de sua ocorrência e agravamento, dessa forma, os profissionais de enfermagem são essenciais neste processo. O objetivo deste estudo foi identificar os conhecimentos sobre os fatores de risco da LP sob a ótica destes profissionais, das unidades de internação de clínica médica e cirúrgica de três instituições hospitalares públicas em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo transversal, onde participaram 31 enfermeiros, 112 técnicos e 54 auxiliares de enfermagem. Foi utilizado um instrumento semiestruturado, autoaplicável, com questões abertas. As respostas foram categorizadas, agrupadas por semelhança de significado, frequência de repetição e apresentados por estatística descritiva. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer CEP/UFMS nº 292.247. Dos 197 profissionais entrevistados, 91,0% afirmaram que saberiam avaliar os fatores de risco para um indivíduo desenvolver a LP. Destes apenas, 53,8% responderam corretamente, citando como fatores do aumento de pressão a diminuição da mobilidade (47,7%), a diminuição da atividade (42,2%) e diminuição da percepção sensorial (1,0%). Como os fatores extrínsecos: alta fricção (2,0%), aumento de umidade (1,0%) e cisalhamento (1,0%). Quanto aos fatores intrínsecos foram apontados: diminuição nutricional (12,2%), aumento da idade (7,1%), diminuição da pressão arterial (2,0%) e temperatura da pele (2,0%). Embora os profissionais considerem que possuem conhecimento sobre os fatores de risco para LP, aproximadamente metade dos entrevistados citaram corretamente os fatores de risco. Os fatores extrínsecos foram mais frequentemente identificados corretamente se comparados aos fatores intrínsecos. Os resultados apresentados justificam investimentos em educação continuada e educação permanente, de modo a influenciar a tomada de decisões quanto às orientações para prevenção da LP, uma vez que estas demandam conhecimento e habilidades de todos os profissionais de saúde, devendo apoiar-se nas melhores evidências científicas disponíveis.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |