INTRODUÇÃO: O divertículo de Meckel (DM) tem prevalência de 1 a 4% na população geral. É formado por todas as camadas da parede intestinal, é um divertículo verdadeiro. Origina-se da falha na obliteração do ducto onfalomesentérico (ducto vitelino) durante o primeiro trimestre de vida fetal1. A maioria dos indivíduos são assintomáticos, sendo frequentemente diagnosticados quando ocorrem complicações. A diverticulite aguda, inflamação do divertículo, é encontrada em 13-31% dos casos que evoluem com complicação, com maior incidência na quarta e quinta décadas de vida4. A diferenciação clínica é difícil e tem como principal diagnóstico diferencial a apendicite aguda. Alguns exames, aliados as manifestações clínicas, auxiliam no diagnóstico correto, como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. A tomografia computadorizada pode demonstrar uma estrutura terminando em fundo cego, contendo enterólitos, coleções, em continuidade com intestino delgado, sinais de obstrução intestinal e densificação dos planos adiposos6. O tratamento definitivo é cirúrgico (diverticulectomia ou ressecção ileal com anastomose término-terminal. O acesso pode ser por videolaparoscopia ou laparotomia, com resultados igualmente satisfatórios7. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo descrever os principais achados clínicos e radiológicos da diverticulite de Meckel. MATERIAIS E MÉTODOS: Relatamos o caso de uma mulher de 53 anos, apresentando dor epigástrica irradiada para o flanco direito, de início súbito há dois dias, com piora progressiva, associada a náuseas e calafrios. Negou outros sinais e sintomas. Exame físico revelou abdome doloroso à palpação em região periumbilical e flanco direito, sem sinais de peritonite. Exames laboratoriais sem alterações significativas. A tomografia computadorizada de abdome demonstrou formação diverticular, localizada na região paravertebral, na borda mesentérica do íleo médio, com sinais de inflamação adjacente, caracterizada por densificação dos planos adiposos, sem evidências de pneumoperitôneo ou obstrução intestinal. Foi submetida a laparotomia, que confirmou tratar-se de diverticulite de Meckel. CONCLUSÃO: Esses dados salientam a importância da suspeita diagnóstica e principalmente da familiarização frente aos exames de imagem, em pacientes com sintomatologia abdominal inespecífica.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |