Pacientes em terapia intensiva estão em risco nutricional e frequentemente apresentam desnutrição, tornando fundamental o monitoramento da oferta nutricional. O objetivo do estudo foi avaliar a resolutividade de um instrumento para controle de infusão de dieta enteral em Hospital Universitário de Campo Grande - MS. Estudo observacional, analítico e retrospectivo realizado por meio de dados secundários de pacientes em terapia intensiva que receberam dieta via enteral exclusiva e/ou associada à via oral ou parenteral em dois períodos distintos: 1ª fase de janeiro a abril de 2015 e 2º fase de janeiro a abril de 2016. Foram coletados dados dentre os quais via de administração e tipo de dieta, episódios e motivos para suspensão da dieta, presença de jejum >24 horas, intercorrências clínicas, disfunção da glicemia, alterações nas eliminações fisiológicas e desfecho clínico. Foram aplicados cinco indicadores de qualidade propostos pela força-tarefa de nutrição clínica do International Life Sciences Institute – Brasil para avaliar a qualidade da assistência em termos de terapia nutricional. A partir dos resultados encontrados em 2015 foi proposto um instrumento de controle de infusão de dieta enteral. O estudo foi aprovado pelo CEP/UFMS sob protocolo nº 1.328.152. Foram incluídos 47 pacientes nos anos de 2015 e 2016, respectivamente, sendo a maioria idosos. Observou-se aumento do número de pacientes que apresentaram diarreia (p=0,007) e hiperglicemia (p=0,013), e também da quantidade de episódio dessas intercorrências por paciente (p=0,018; p=0,032, respectivamente). A frequência de diarreia, jejum superior a 24h e hipoglicemia não correspondiam à meta estabelecida pelos indicadores. Após a utilização do instrumento, observou-se maior relato das intercorrências relacionadas à terapia nutricional e a frequência de estimativa energética e em conformidade com as diretrizes foi de 93,6%, demonstrando a efetividade da ferramenta. O uso do instrumento permite o monitoramento da terapia nutricional, além do estabelecimento de metas, que serão atingidas a partir da utilização de ferramentas e protocolos padronizados na rotina, de modo a permitir a redução de complicações e comorbidades, diminuição no tempo de internação hospitalar e melhor desfecho clínico, por conseguinte menores custos, maior rotatividade dos leitos e melhor qualidade da assistência.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |