Introdução: Com o envelhecimento da população e transição epidemiológica aumenta o número de indivíduos que vivenciam situações de fragilidade, com perda da autonomia e incapacidade funcional se não forem assistidas adequadamente. À medida que aumentam essas incapacidades, a responsabilidade do cuidador aumenta, exigindo maiores esforços para que as necessidades das pessoas com incapacidade funcional sejam supridas. Isso pode gerar ao cuidador um estado de vulnerabilidade, sobrecarga, desgastes físicos, psicológicos e sociais. Objetivo: Caracterizar os cuidadores e compreender como eles sentem-se com a responsabilidade pelo cuidado domiciliar de uma pessoa com incapacidade funcional e restrita ao domicílio. Método: Foi realizada uma pesquisa qualitativa junto à cuidadores de pessoas restritas ao domicílio por incapacidades funcionais. Foram coletados dados de caracterização dos cuidadores e realizadas entrevistas semiestruturadas, questionando como o cuidador sente-se mediante a responsabilidade pelo cuidado do seu familiar. As entrevistas foram analisadas pelo método Análise de Conteúdo. Resultados: Foram entrevistados 30 cuidadores, 11 homens e 19 mulheres, idade média de 49,9 anos, com tempo médio que exercem o cuidado de 10,4 anos. Destes, 13 referem que receberam orientações para o cuidado e 17 referem que não receberam. Nove são filhos, 14 filhas, 1 neto, 1 nora, 3 irmãs, 1 irmão e 1 profissional contratado. Os resultados das entrevistas retratam que o cuidar é uma experiência paradoxal. Os sentimentos referidos por muitos cuidadores denotam obrigação e responsabilidade que envolve dificuldade, impotência e solidão. Ao mesmo tempo, outros referem que sentem-se gratificados e abençoados pela possibilidade de cuidar com carinho e amor, retribuindo o cuidado que receberam dos pacientes em algum momento da vida. Conclusão: A maioria dos cuidadores são familiares adultos, que não receberam orientações para o cuidado domiciliar. Os sentimentos identificados mostram que o ato de cuidar em domicílio é uma experiência complexa para o cuidador, sendo necessário um olhar individualizado, atento e cauteloso de todos os familiares e profissionais da saúde sobre a pessoa que tem essa responsabilidade.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |