Introdução: O envelhecimento produz progressivas mudanças, dentre elas renais e cardíacas estruturais que, associadas aos fatores de riscos, contribuem para o desenvolvimento de lesões importantes nesses órgãos. Nessa perspectiva, a síndrome cardiorrenal (SCR) compreende uma disfunção primária do coração ou do rim, resultando em lesão/disfunção secundária ao outro órgão. Objetivo: Analisar estudos dos últimos dez anos referentes à SCR na população idosa. Revisão da literatura: A SCR é subdividida com base na cronicidade e direção do “crosstalk de órgãos”. Existem vias complexas para o entendimento da fisiopatologia dessa entidade patológica, estas podem ser amplamente agrupadas em sinalização hemodinâmica, hormonal, inflamatória e imune. A SCR é classificada em cinco subtipos que dependem do tipo de doença cardíaca e renal, do tempo de evolução e da complexa fisiopatologia. Discussão: Estudos em vários países indicam que incidência crescente de SCR é devido ao aumento da expectativa de vida e ao baixo controle dos fatores de risco concomitantes. Pacientes com SCR geralmente são idosos, com histórico de internações prévias por cardiopatias, esses apresentam um pior prognóstico, motivo pelo qual precisam de uma abordagem rápida, cuidadosa, e multidisciplinar. Além disso, vários são os fatores associados com disfunção cardíaca e renal dentre os quais se destacam idade, obesidade, aterosclerose, hipertensão arterial, diabetes mellitus, apneia obstrutiva do sono, hiperuricemia, anemia, proteinúria, caquexia que, ao mesmo tempo, podem afetar ambos os órgãos, razão que facilita a progressão da doença. Em muitos casos, esses agravos coexistem, o que aumentam as taxas de morbimortalidade, e gera um crescimento nas despesas totais com a saúde, representadas por longas internações hospitalares, readmissões e cuidados gerais contínuos desses pacientes. Conclusão: A compreensão das diversas alterações e interações entre coração e rim pode contribuir para a melhora dos tratamentos atuais e, consequentemente, com a qualidade de vida dos portadores dessa síndrome, sendo necessário um manejo multidisciplinar que inclua sua prevenção e controle e, simultaneamente, melhores alternativas terapêuticas para cada paciente, diminuindo as taxas atuais de morbimortalidade.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |