DETECÇÃO DA INFECÇÃO POR Leishmania E PROGRESSÃO PARA DOENÇA EM DOADORES DE SANGUE

  • Autor
  • ADRIANA DE OLIVEIRA FRANÇA
  • Co-autores
  • MAURICIO ANTONIO POMPILIO , ELENIR ROSE JARDIM CURY PONTES , MÁRCIA PEREIRA DE OLIVEIRA , LUIZA OLIVEIRA RAMOS PEREIRA , HIRO GOTO , MARIA CARMEN ARROYO SANCHEZ , MARIA ELIZABETH CAVALHEIROS DORVAL
  • Resumo
  •  

    O risco de transmissão de Leishmania por transfusão sanguínea vem sendo descrito em alguns países, inclusive no Brasil, porém não há recomendação de testes de rotina para detecção deste parasita nos bancos de sangue. A leishmaniose transmitida por transfusão constitui uma preocupação em áreas onde a doença é endêmica, e o risco imediato ou tardio trazido por esse modo de transmissão deve ser criteriosamente avaliado. O objetivo do estudo foi detectar a infecção por Leishmania em doadores de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul “José Scaff”- Hemosul de Campo Grande, MS, e investigar a progressão para a doença nesses indivíduos. Em uma avaliação inicial, 430 doadores foram testados por imunofluorescência indireta, ELISArk39, teste rápido rK39 e reação em cadeia da polimerase. Dos doadores com pelo menos um teste positivo, 50 foram reavaliados quatro anos depois pelos mesmos métodos, assim como 25 que foram negativos para todos os testes (grupo controle). Na segunda avaliação, os doadores foram submetidos aos exames clínico e laboratorial para identificação de alterações compatíveis com a doença. A idade dos entrevistados variou de 18 a 68 anos com mediana de 32 anos. Houve predomínio de homens (70,2%) e 96,3% residem atualmente em Campo Grande, MS; sendo a maioria (79,1%) proveniente de área urbana. O tempo médio de doação foi de 7 anos e 6,3% tinham história de transfusão sanguínea. Na primeira avaliação, a infecção por Leishmania esteve presente em 41,4% (36,7% a 46,1% IC95%) dos doadores (n=430). Nenhum dos 75 indivíduos reavaliados desenvolveu a doença, mas a retestagem revelou positividade em pelo menos um método de diagnóstico em 36,0% (IC95%: 25,1-46,9) dos doadores. Dos 50 doadores inicialmente positivos, 50% permaneceram positivos e dos 25 inicialmente negativos, dois testaram positivo na avaliação subsequente. Considerando a presença de anticorpos para Leishmania e de DNA do parasita no sangue dos doadores e a gravidade da parasitose, torna-se necessário a discussão sobre o risco de transmissão transfusional e a inclusão de métodos de diagnóstico para Leishmania nos bancos de sangue, a fim de estabelecer uma triagem efetiva dos doadores infectados.

     

  • Palavras-chave
  • leishmaniose, infecção assintomática, doadores
  • Área Temática
  • INFECTOLOGIA
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  • ANESTESIOLOGIA
  • ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO
  • CARDIOGERIATRIA
  • CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
  • DERMATOLOGIA
  • ENDOCRINOLOGIA
  • GASTROENTEROLOGIA
  • INFECTOLOGIA
  • MASTOLOGIA
  • NUTRIÇÃO
  • ODONTOLOGIA HOSPITALAR
  • OFTALMOLOGIA
  • ORTOPEDIA
  • PNEUMOLOGIA
  • PSICOLOGIA HOSPITALAR
  • REABILITAÇÃO
  • RESIDÊNCIA
  • VULNOLOGIA
  • BIOTECNOLOGIA

COMISSÃO ORGANIZADORA

 

- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião

- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião

 

COMISSÃO CIENTÍFICA

 

ANESTESIOLOGIA

DR. RODRIGO LAUDO

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO

DRA. ANGELA SICHINEL

CARDIOGERIATRIA

DRA. ANGELA SICHINEL

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

DRA. ANA MARIA MAGALHÃES

DERMATOLOGIA

DR. AUGUSTO BRASIL

ENDOCRINOLOGIA

DRA. TEREZINHA MANDETTA

GASTROENTEROLOGIA

DR. FRANCISCO CEVALLOS

INFECTOLOGIA

DR. MAURICIO POMPILIO

MASTOLOGIA

DR. SÉRGIO FURLANI

NUTRIÇÃO

NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA

ODONTOLOGIA HOSPITALAR

DR. EDUARDO MOTTA

OFTALMOLOGIA

DR. MARCOS PICCININ

ORTOPEDIA

DR. RODRIGO LARAYA

PNEUMOLOGIA

DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ

PSICOLOGIA HOSPITALAR

PSICOL. SILVANA DORNELES

REABILITAÇÃO

T.O. LAURA BELADELLI

RESIDÊNCIA

DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI

VULNOLOGIA

ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO