Introdução: Interações medicamentosas ocorrem quando dois ou mais medicamentos interagem entre si resultando assim em alterações de eficácia ou toxicidade, e têm o potencial de causar sérios danos aos pacientes (ZHENG et al, 2017). Objetivo: Quantificar e avaliar as interações medicamentosas potenciais (medicamento-medicamento, medicamento-alimento), de pacientes assistidos por uma farmácia especializada de Mato Grosso do Sul. Metodologia: Foi realizado estudo de corte transversal no qual, os pacientes foram convidados a participar de um programa de cuidado farmacêutico. As interações foram analisadas com auxílio dos softwares de rastreio para interações medicamentosas (MICROMEDEX, MEDSCAPE e DRUGS), que as classificam conforme gravidade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e obteve parecer favorável (CAAE: 73173617.4.0000.0021). Resultados: Foram atendidos 18 pacientes, 27,8% (5/18) eram do sexo feminino, a média de idade foi de 67,05 (±6,9). A média de medicamentos prescritos foi de 7,3 (±4,7) com variação de 1 a 16 medicamentos. A média de comorbidades foi de 2,9 (±1,4) com variação de 1 a 5. Foram identificadas 206 interações, 12 classificadas como graves, 150 moderadas, 25 leves e 19 entre medicamentos e alimentos. Foram propostas intervenções em duas das interações identificadas, sendo acolhidas pelos pacientes. Estas referiram-se aos fármacos Alendronato e Ibandronato que têm suas biodisponibilidades reduzidas quando coadministrados com alimentos e a intervenção proposta foi a utilização dos mesmos em jejum. Das interações graves identificadas, apenas sugere-se o uso cauteloso através de monitoramento de parâmetros clínicos. Em 6 casos, 4 interações com risco de prolongamento do intervalo QT, e 2 por risco de hipercalemia, foram enviadas cartas aos clínicos responsáveis como sugestão de monitoramento. Foram observadas correlações positivas (r = 0,8474 e r = 0,8422) e significativas (p < 0,0001 e p < 0,0001) por meio do teste de correlação de Spearman entre número de medicamentos prescritos e número de comorbidades do paciente respectivamente, com o número de interações medicamentosas por prescrição. Conclusão: Se faz necessário a identificação de potenciais interações medicamentosas, realizando o manejo adequado e oportuno destas para otimizar a farmacoterapia.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |