Introdução:Lesões no lobo frontal estão relacionadas a déficits nas funções executivas, que correspondem à capacidade do sujeito de realizar comportamentos dirigidos, planejados e voluntários. Revisão de Literatura: Indivíduos com lesões na região do lobo frontal tendem a apresentar alterações de personalidade, tais como mudança de humor, irritabilidade ou apatia, perda do juízo crítico, e problemas na área da atenção e memória1. Areabilitação cognitiva é um processo que possibilita estimular as habilidades comprometidas, visando recuperar ou pelo menos melhorar as funções atingidas. E só é possível devido à plasticidade neural2. Anterior a qualquer intervenção psicológica, o vínculo terapêutico precisa ser trabalhado, já que os resultados dependem do vínculo estabelecido3. Objetivo:Apresentar relato de experiência doatendimento psicológico realizado a um paciente com lesão em região de córtex pré-frontal, internado para reabilitaçãona unidade de Cuidados Continuados Integrados do Hospital São Julião, em Campo Grande – MS, destacando importância do vínculo terapêutico.Relato e discussão:Sujeito do sexo masculino, 43 anos.Sua lesão cerebral aconteceu após queda de um telhado com aproximadamente 3 metros de altura. No primeiro contato da psicologia com o paciente,o mesmose apresentou agressivo e irritado, tanto por sequela da lesão, quanto pela mudança no ritmo de vida e, portanto, anteriormente a qualquer intervenção psicológica, foi necessário trabalhar o vínculo terapêutico. O vínculo pode ser construído através de conversas com significado, com acolhimento e,sobretudo, dando importânciaàs singularidades4. Apenas após vínculo estabelecido com o paciente, que o mesmo demonstrou disposição para oinício da reabilitação cognitiva.Para as sessões de estimulação cognitiva, foram realizadas atividades de atenção, nomeação e jogos educativos. Todas as atividades estavam relacionadas com os contextos em que o paciente estava inserido anteriormente a lesão. O paciente respondeu bem as estimulações, diminuíram as crises de irritação e a agressividade, e ele passou a ser mais comunicativo. Conclusão:Haja visto o que foi relatado e discutido acima, a reabilitação cognitiva somente foi possível após o estabelecimento do vínculo terapêutico.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |