INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo, o mais comum entre mulheres e deverá ser a maior causa de morte nessa população. No estado normal, as células adaptam-se a mudanças no meio interno e proliferam em resposta aos sinais externos visando a substituição de células perdidas/reparação de lesões teciduais. A lesão celular pode levar a uma diferenciação celular ou à apoptose, cuja desregulação é um dos mecanismos que contribuem para a tumorogênese. Hormônios foram descritos como indutores e promotores da carcinogênese. Dentre eles, a leptina no câncer de mama vem sendo estudada por seu efeito no processo de mitose, regulação metabólica e angiogênese. O tumor de Ehrlich é um adenocarcinoma espontâneo de glândula mamária originário de camundongos fêmeas desenvolvido por Paul Ehrlich e estabelece correlação com a mama humana feminina. O tumor desenvolve-se em camundongos na forma sólida quando inoculado por via subcutânea ou intramuscular, e na forma ascítica ao ser inoculado por via intraperitoneal. OBJETIVO: Avaliar o efeito do hormônio leptina no crescimento do tumor de Ehrlich sólido. MÉTODOS: Foram utilizados 12 camundongos fêmeas da linhagem Swiss com 60 dias de idade, pesando de 25g a 30g, nos quais foram injetados no tecido subcutâneo a suspensão de 2.5 X 106 células tumorais entre os coxins plantares do membro posterior esquerdo. Os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos (n=6), controle (C) e tratados com leptina (L). Ambos os grupos receberam injeções com o tumor e o grupo L recebeu ainda, 7 dias após a indução tumoral, tratamento com leptina. Curva de crescimento tumoral foi determinada através da medida diária da pata com tumor inoculado do primeiro ao 19º dia, quando os animais foram eutanasiados. RESULTADOS: Os animais tratados com leptina apresentaram crescimento exponencial do tumor quando comparados com o grupo controle (C) com diferença estatisticamente significativa (p<0,01), indicando que essa substância teve papel indutor da resposta celular tumoral. CONCLUSÃO: Este estudo indica que a leptina promoveu o crescimento do tumor de Ehrlich, agindo como substância moduladora da carcinogênese e como possível fator procarcinogênico. Futuros estudos com inibição funcional da leptina podem ser efetivos em demonstra possível via de prevenção e tratamento do câncer de mama.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |