Chikungunya é uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos do gênero Aedes. Sua particularidade em relação às demais arboviroses, é a cronificação com artralgia intensa, podendo deixar sequelas. O objetivo deste trabalho é relatar o caso crônico de chikungunya de uma paciente o que resultou em sequela. A paciente J.S.S. de 54 anos procurou uma Unidade de Saúde em Feira de Santana-BA em julho de 2015. A mesma queixou-se de ter apresentado nove dias de febre alta intermitente, tendo a mesma cessado no dia anterior a consulta médica. Além disso apresentou mialgia, cefaleia, exantema, prurido, dor retro-ocular, náuseas, vômito, diarreia, fadiga, calafrios e poliartralgia. O sangue coletado naquele dia resultou positivo para chikungunya através da pesquisa de anticorpos IgM e IgG específicos. A paciente relatou dor de elevada intensidade na VAS (Visual Analogue Scale), sendo 9 nesta escala a qual vai de 0 a 10. Com o exame à palpação constatou-se artralgia em pulsos, tornozelos, metacarpos, metatarsos articulações interfalangiais de mãos e pés, joelhos, ombros, cotovelos e osso ilíaco, bilateralmente. Foi prescrita medicação analgésica e anti-inflamatória. A paciente retornou em 30 dias e relatou desaparecimento do quadro clínico, permanecendo apenas a artralgia, com intensidade 9 na VAS, porém apenas no ombro esquerdo, joelho, tornozelo e pé direitos. A paciente relatou a dificuldade em apoiar no chão o calcanhar direito, adotando um caminhar a ponta do pé direito, devido apresentar inflamação na inserção do tendão de Aquiles que se dá na região sob o calcâneo. Foi constatado em 90 dias de sintomas encurtamento do tendão de Aquiles devido ao modo de caminhar a ponta de pé, sendo a paciente encaminhada para fisioterapia. Mesmo com a fisioterapia, a paciente, após 18 meses, não conseguiu reverter o encurtamento do tendão e começou a apresentar dores em quadril, fêmur e joelho direitos devido à má posição adotada para caminhar. Este caso demostra a debilidade dos pacientes acometidos por chikugnuya e a possibilidade de sequelas devido a cronificação da artralgia.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |