PIOMIOSITE TROPICAL – UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • BEATRIZ LONGO BORTOLETTO
  • Co-autores
  • LILIAN YATIYO NAKAGAWA DITTMAR , PEDRO PEREIRA TROIAN
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Piomiosite tropical (PT) é uma infecção bacteriana rara, que acomete principalmente a musculatura de membros inferiores e tronco. Fatores de risco são trauma, exercício vigoroso, diabetes mellitus, hepatopatias, doenças reumáticas e infecção pelo HIV. Quadro clínico se dá em 3 estágios: invasiva - subaguda com febre e sinais flogísticos locais; supurativa - em 2-3 semanas com aumento de volume, febre, pus, ausência de eritema; tardia - sepse, eritema, sensibilidade exacerbada e flutuação local. Principal agente etiológico é o S. aureus (95%). Diagnóstico é obtido através de tomografia (TC) ou ressonância magnética. Drenagem cirúrgica e antibioticoterapia guiada por cultura são a base do tratamento. Possíveis complicações: abscessos, pneumonia, osteomielite, sepse, síndrome compartimental, insuficiência renal e trombose venosa, que determinam potencial gravidade. OBJETIVO: Relatar caso de piomiosite tropical de apresentação atípica. MÉTODOS: Revisão de prontuário de paciente atendida no serviço de Clínica Médica. RELATO DE CASO: Mulher, 59 anos, hipertensa e diabética, com diagnóstico de doença de Behcet, usuária crônica de corticoide (antecedente de fratura patológica de quadril à direita), encaminhada por quadro há 15 dias de mialgia difusa, dor lombar e em quadril de forte intensidade com limitação funcional, associada a retenção urinária, sinais flogísticos em perna direita há 12 dias, sem febre. Realizada TC de tórax e abdômen que evidenciaram coleções com ar em região de musculatura torácica e perivesical. Punção guiada com presença de S. aureus. Tratamento com Piperacilina + Tazobactam por 28 dias levaram à resolução da infecção, porém com persistência de limitação funcional. DISCUSSÃO: PT é uma rara, associada com imunodeficiências e trauma muscular prévio. O caso da paciente evidencia um perfil epidemiológico distinto, fora da faixa etária comum e sem febre, marcador geralmente associado à doença. Foi fundamental a punção com isolamento da bactéria, o que possibilitou diagnóstico e conduta adequados. CONCLUSÃO: PT deve ser lembrada como diagnóstico diferencial de síndrome febril, sobretudo em pacientes jovens com história de trauma ou imunossupressão. A suspeição clínica precoce é fundamental para o pronto diagnóstico e tratamento, associados a melhora do prognóstico desses pacientes.

  • Palavras-chave
  • piomiosite, tropical, miosite
  • Área Temática
  • INFECTOLOGIA
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  • ANESTESIOLOGIA
  • ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO
  • CARDIOGERIATRIA
  • CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO
  • DERMATOLOGIA
  • ENDOCRINOLOGIA
  • GASTROENTEROLOGIA
  • INFECTOLOGIA
  • MASTOLOGIA
  • NUTRIÇÃO
  • ODONTOLOGIA HOSPITALAR
  • OFTALMOLOGIA
  • ORTOPEDIA
  • PNEUMOLOGIA
  • PSICOLOGIA HOSPITALAR
  • REABILITAÇÃO
  • RESIDÊNCIA
  • VULNOLOGIA
  • BIOTECNOLOGIA

COMISSÃO ORGANIZADORA

 

- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião

- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião

 

COMISSÃO CIENTÍFICA

 

ANESTESIOLOGIA

DR. RODRIGO LAUDO

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO

DRA. ANGELA SICHINEL

CARDIOGERIATRIA

DRA. ANGELA SICHINEL

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

DRA. ANA MARIA MAGALHÃES

DERMATOLOGIA

DR. AUGUSTO BRASIL

ENDOCRINOLOGIA

DRA. TEREZINHA MANDETTA

GASTROENTEROLOGIA

DR. FRANCISCO CEVALLOS

INFECTOLOGIA

DR. MAURICIO POMPILIO

MASTOLOGIA

DR. SÉRGIO FURLANI

NUTRIÇÃO

NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA

ODONTOLOGIA HOSPITALAR

DR. EDUARDO MOTTA

OFTALMOLOGIA

DR. MARCOS PICCININ

ORTOPEDIA

DR. RODRIGO LARAYA

PNEUMOLOGIA

DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ

PSICOLOGIA HOSPITALAR

PSICOL. SILVANA DORNELES

REABILITAÇÃO

T.O. LAURA BELADELLI

RESIDÊNCIA

DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI

VULNOLOGIA

ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO