INTERFERÊNCIA DOS FATORES PSICOLÓGICOS NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE UMA IDOSA INTERNADA EM UMA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS- CCI: RELATO DE EXPERIÊNCIA

INTERFERÊNCIA DOS FATORES PSICOLÓGICOS NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE UMA IDOSA INTERNADA EM UMA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS- CCI: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Lariane Marques Pereira
• Co-autores
• Camila Nunes de Souza , Yulle Fourny Barão , Rafael Alves Mata de Oliveira , Thais Sousa da Silva , Carolina Cavalcante Silva , Fernanda Maria Souza Juliano , Luciana Perez da Costa , Silvana Fontoura Dorneles
• Resumo

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  Introdução: O processo de envelhecimento deve ser compreendido em sua dimensão biopsicossocial. A abordagem dos aspectos envolvidos com o comportamento alimentar permite a compreensão da multidimensionalidade da alimentação humana^1. Revisão de literatura: O comportamento alimentar engloba aspectos biológicos, cognitivos, situacionais e afetivos. Os aspectos biológicos referem-se as necessidades nutricionais, o aspecto cognitivo, diz respeito aos conhecimentos sobre os alimentos e a nutrição, o aspecto situacional é influenciado pelos fatores econômicos, culturais e sociais e aspectos afetivos, correspondem às atitudes e aos sentimentos que se tem em relação à alimentação. ^2,3. É preciso também considerar os efeitos da perda da autoridade na subjetividade da pessoa idosa, que, por doença, pobreza e/ou fragilidade emocional tende a progressivamente perder autonomia, na decisão de aspectos centrais de sua vida^4. Objetivos: Relatar a experiência de atendimento à uma idosa hospitalizada em uma unidade de Cuidados Continuados Integrados discutindo os aspectos psicológicos que interferiram no comportamento alimentar. Relato: Idosa, 71 anos, admitida após um Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, com sequelas motoras e afasia. Paciente resistente a oferta dietética, apresentando náuseas e vômitos nos momentos das refeições com presença de disfagia sem motivo patológico ou fisiológico. Iniciou investigação psicológica para compreender negligência alimentar. Discussão: O sujeito que se nega a comer lida com sua recusa alimentar como um desejo, como uma tentativa desesperada de se impor diante de um outro que lhe invade e o invalida^5,6. Como a paciente estava afásica, era de forma somática que a paciente podia expressar desejos, angústias, anseios e assim se posicionar frente ao contexto em que estava inserida. A recusa alimentar, as náuseas e os vômitos significavam algum desagrado. A psicologia foi imprescindível, pois trabalhou formas alternativas para que a paciente pudesse expressar seus desejos, sem que fosse necessário a forma somática. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo de envelhecimento altera a capacidade funcional e independência do indivíduo e isso pode refletir nos aspectos emocionais e no comportamento alimentar dos idosos. A interação interdisciplinar da nutrição e psicologia é fundamental nesses casos.

   

• Palavras-chave
• Envelhecimento, Psicoterapia, Terapia Nutricional.
• Área Temática
• RESIDÊNCIA

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