INTRODUÇÃO:A miocardiopatia é uma condição patológica com apresentação clínica variada e incidência estimada de 9,6%,comprovada por biopsia endomiocárdica. Suas etiologias são variadas, entre elas está a farmacológica que deve ser suspeitada, principalmente naqueles pacientes com polifarmácia. RELATO:M.J.A., 66 anos,feminina,hipertensa em tratamento irregular e artrite reumatoide há 20 anos. Em uso de Prednisona,Metotrexate, Tibolona,Diosmina e hesperidina, AAS,Atenolol,Losartana e Anlodipino e Golimumabe. Queixa-se de dispneia e cansaço aos pequenos esforços que evoluiu com ortopneia e dispneia paroxística noturna. Procurou o hospital após 7 dias do início do quadro, agravado com palpitações e sudorese profusa ao repouso, dispneia progressiva (aos moderados esforços no início, e ao repouso no dia do atendimento), dor em hemitórax direito tipo ventilatório-dependente. Refere importante xerostomia e xeroftalmia. Ao exame apresentava eritema em tronco e face, ausculta cardíaca com ritmo irregular e sopro mitral holossistólico 3+/6+, pulmonar com sibilos eventuais difusos e estertores crepitantes até terço médio bilateral. Exames de imagem mostraram derrame pleural bilateral, cardiomegalia importante e hepatomegalia. Pro-BNP de 6496pg/mL, demais exames laboratoriais sem alterações, sendo então diagnosticada ICdescompensada. Realizado ecocardiograma indicando Fibrilação Atrial, fração de ejeção de 39%,hipocinesiadifusa de ventrículo esquerdo (VE), átrios direito e esquerdo com aumento moderado, diminuição moderada da função sistólica, insuficiência mitral e tricúspide moderada, hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo (VE), presença de forame oval patente de 3,7mm, derrame pericárdico mínimo. A reumatologia orientou a suspensão imediata do uso do Anti-TNF para preservar função miocárdica, já que o paciente tinha ecocardiograma prévio ao tratamento com função ventricular normal. Foi realizado otimização terapêutica quanto a IC e solicitado biópsia endomiocárdica (aguardando resultado). CONCLUSÃO: A determinação da etiologia de pacientes que apresentam miocardiopatia édifícil, principalmente naqueles pacientes com suspeição clínica de etiologia farmacológica e em uso de medicações muito usadas em condições reumatológicas, como no caso relatado,dificultando o tratamento clínico de ambas.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |