Introdução: A hospitalização e o adoecimento são processos que viabilizam a produção de sofrimento no sujeito. Lidar com os limites do corpo e dor física diante da nova realidade suscita o encadeamento de questões emocionais até então não vivenciadas. Revisão de Literatura: A hospitalização propicia que o indivíduo crie novos signos. Estes signos irão encaixá-los em uma nova lógica existencial, configurando novas formas de vínculos interpessoais. Seu espaço vital passa a não depender mais de seu processo de escolhas, o que transforma seus hábitos frente a uma nova realidade¹. Objetivos: Apresentar o relato de uma vivência na UCCI e discorrer sobre os aspectos psicológicos emergidos no processo de adoecimento e reabilitação, bem como, a intervenção da psicologia junto ao trabalho multiprofissional. Relato de experiência: Paciente do sexo masculino, 38 anos, diagnosticado com síndrome de Guillain-Barré com sequelas físicas de tetraplegia. Apresentava alto índice de dependência emocional de sua esposa, ocasionando crises de pânico e ansiedade na sua ausência. Discussão: O sofrimento é ameaçador com base em três direções: do próprio corpo que está submetido à decadência e dissolução, ocasionando ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, possibilitando voltar-se contra o sujeito com seus fatores negativos e devastadores; e por último das relações interpessoais², isto incita as situações traumáticas que tem como saída o pânico. Neste sentido, o foco tomado pela intervenção da psicologia hospitalar é em torno do adoecimento e os aspectos psicológicos evidenciados a partir dele³. Foram trabalhados aspectos referentes a essa dependência afetiva, formada a partir da grande dependência física vivenciada. A intervenção ocorreu com paciente e esposa, e também com a equipe que participou do processo de criação de um vínculo de confiança para que esse sintoma se amenizasse. A fisioterapia teve grande importância no processo, trabalhando atividades de vida diária que viabilizou menos dependência, melhorando autoestima e motivação. Considerações finais: A doença e as limitações decorrentes dela causam em cada indivíduo uma forma de sofrimento diferente de acordo com cada subjetividade. A intervenção psicológica juntamente com o apoio e trabalho da equipe propiciaram a diminuição dos sintomas formados e estabilidade emocional para o enfrentamento da realidade.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |