Introdução: A presença prolongada da traqueostomia (TQT) acarreta séries implicações e limitações tanto funcionais quanto clínicas, assim a retirada (decanulação) deste dispositivo acaba sendo alvo do planejamento terapêutico e consequente reabilitação dos pacientes hospitalizados. Revisão da literatura: A decanulação é fundamental na reabilitação, resultado da indispensável atuação da equipe multiprofissional na interpretação dos critérios para estabelecer o prognóstico, e capacidade de propor condutas seguras no desmame da TQT. Objetivo: Descrever a atuação da equipe multiprofissional no processo de desmame e decanulação da pessoa hospitalizada na unidade de Cuidados Continuados Integrados (CCI). Resultados: A unidade CCI apresenta-se como modelo na reabilitação biopsicossocial, através da equipe multiprofissional. Admitem-se pacientes traqueostomizados advindos dos hospitais de alta complexidade para reabilitação. Na admissão após a avaliação multiprofissional ocorre a indicação para iniciar o desmame da TQT, a equipe deve estar certa da ausência dos fatores preditores de insucesso. Inicia-se o desmame com os profissionais fonoaudiólogo e/ou fisioterapeuta, que realizam a retirada da pressão do cuff, seguido da avaliação da tosse eficaz e oclusão da cânula, com o paciente sendo capaz de manter a respiração fisiológica de via aérea superior, sem qualquer sinal de resistência. A equipe multiprofissional deve acompanhar o teste de oclusão, se o paciente tolerar 24 horas sem intercorrências, estará apto para a decanulação. O procedimento de retirada do dispositivo é realizado pelo profissional médico, com o suporte do enfermeiro e fisioterapeuta na vigilância de possíveis intercorrências. Após a decanulação, o enfermeiro realiza o curativo oclusivo no estoma e inclui em sua prescrição as trocas e avaliações diárias, acompanhando o processo de cicatrização. É necessário monitorar o paciente até 24 horas após o procedimento, todo o processo realizado pela equipe deve ser esclarecido ao paciente e/ou cuidador. Considerações finais: O sucesso no desmame da TQT e a consequente decanulação ocorre quando existe envolvimento e empenho da equipe multiprofissional, que possibilita um processo mais seguro com menor risco de complicações, provocando impacto expressivo na recuperação e reabilitação do paciente e contribuindo para melhoria da sua qualidade de vida.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |