Introdução:
A fasceíte necrosante é uma infecção bacteriana rara, de rápida progressão, que acomete tecidos moles, caracterizando-a por necrose extensa e formação gasosa no tecido subcutâneo e fáscia superficial, de geralmente natureza polimicrobiana, com predominância bactérias patogênicas da espécie Streptococcus e Staphylococcus, especialmente as do grupo ?-hemolitico (Streptococcus pyogenes).
O sucesso da terapia instituída dependerá do diagnóstico precoce juntamente com uma intervenção cirúrgica agressiva e antibióticoterapia sistêmica, devido à alta possibilidade de evolução do quadro clinico para septicemia, insuficiência múltipla de órgãos e consequentemente ao óbito.
Relato de caso:
Paciente do gênero masculino, 69 anos de idade, compareceu ao Pronto Atendimento Médico, com histórico de queixas álgicas há 4 dias em elemento dentário 24 apresentando na avaliação trismo, edema periorbitario ipsilateral com abertura palpebral prejudicada e alterações bioquímicas importantes que incluiu uma taxa glicêmica importante, atingindo níveis de 327 mg/dL, solicitado avaliação da equipe da Clínica Médica, que constatou Diabetes tipo II descompensada.
Foi realizado drenagem intraoral de exsudato purulento, sob anestesia geral, fazendo-se necessário uma nova abordagem cirúrgica, com a equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço para desbridamento de área necrótica de região subcutânea infraorbitária esquerda, sendo realizado a transferência do paciente para a Unidade de Terapia
Intensiva com curativos diários em ferida cirúrgica com solução de Guanidina e Sulfadiazina de prata. Após melhora do quadro clinico o paciente foi transferido para a enfermaria, seguindo de alta hospitalar após 15 dias de internação por apresentar melhora clinica e laboratorial com encaminhamento para o serviço de Endocrinologia e com retornos semanais ao ambulatório do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial.
Conclusão:
A rápida progressão, a agressividade e o acometimento da face nos casos de Fasciíte Necrosante implica em um quadro delicado com altos índices de mortalidade, além de extensos defeitos estéticos gerados, tornando-se necessário um diagnóstico rápido e preciso, afim de se instituir uma terapia adequada que acarretará, desta maneira, em um melhor prognóstico.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |