Introdução
Os mixomas possuem provável origem do ectomesenquima odontogênico, predominantemente encontrados em adultos jovens que pode ocorrer em qualquer região dos ossos gnáticos, porém há evidências de que a mandíbula seja mais acometida que a maxila, sendo que lesões menores, geralmente assintomáticas são descobertas em exames radiográficos de rotina.
Ao exame radiográfico observam-se lesões radiolúcidas uni ou multiloculares, com trabéculas delgadas, sendo classificada como aspecto de “bolhas de sabão” que pode deslocar ou causar a reabsorção dos dentes na região do tumor. O tratamento consiste em curetagens ou ressecções mais extensas, dependendo do tamanho da lesão, visto que os mixomas não são encapsulados e tendem a infiltrar o osso adjacente.
Relato de caso
Paciente do gênero masculino, 32 anos de idade, procurou o Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial com histórico de assimetria facial, aumento volumétrico, irregular, indolor e consistente a palpação de evolução de aproximadamente há 2 anos em região posterior de mandíbula do lado esquerdo.
Solicitado a confecção do modelo prototipado da mandíbula a partir de imagens de tomografia computadorizada de face, para visualização da extensão tumoral em região
de corpo e ramo mandibular a ser operada, onde foram realizados a reconstrução de tumor, plastia da área tumoral no protótipo, modelagem de placa de reconstrução e confecção de guias cirúrgicos.
Em virtude do tamanho da lesão e agressividade optou-se pela ressecção do tumor com margem de segurança que se estendeu da face distal do elemento dentário 33 (canino inferior esquerdo) até a região de côndilo mandibular esquerdo com preservação de disco articular, sendo instalada placa de reconstrução do sistema de fixação 2.4 com côndilo de titânio. Paciente seguiu de alta hospitalar após 4 dias apresentando melhora clínica com retornos ambulatoriais periódicos.
Conclusão
O tempo de diagnostico de lesões como Mixoma de origem odontogênica é o que determina o tipo de tratamento necessário, optando-se em muitos casos o tratamento com ressecção de grandes áreas ósseas no intuito de obter-se uma margem de segurança diminuindo-se a probabilidade de recidivas, o que torna, em grande parte, um tratamento reabilitador difícil acometendo a funcionalidade dos ossos gnáticos e a qualidade de vida do paciente.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |