Introdução: A Hanseníase Dimorfa é caracterizada por instabilidade imunológica, onde o número de lesões cutâneas é maior e o acometimento dos nervos é mais extenso podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico. Nas reações hansênica tipo 1, ou reversa, as lesões evoluem com descamação e, por vezes, sobrevém ulceração. Pode vir acompanhada de espessamento e dor de nervos periféricos. Objetivo: Identificar as alterações neuromusculares em uma paciente com diagnóstico de Hanseníase Dimorfa com reações do tipo 1. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa em forma de relato de caso. Resultados: Paciente do sexo feminino, 48 anos de idade. Em janeiro de 2015 foi diagnóstica com Hanseníase Dimorfa, com reações hansênica tipo 1. Em 29 de maio de 2015 foi realizado a avaliação neurológica onde mostrou paresia à direita na região plantar (4,0g no 3º metatarso; 10,0g no 5º artelho, 3º e 5º metatarso, médio pé lateral e medial e 300g no hálux, 1º metatarso, 3º artelho e calcanhar) e dorsal (300 g no 5º metatarso; 10,0 g no 1ª metatarso). À esquerda na região plantar (4,0g no médio pé lateral e medial e no 3º artelho; 10,0g no 1º 3º 5º metatarso, hálux e 5º artelho; 300g no calcanhar) e dorsal (10,0 na 5º metatarso e sem nenhuma resposta no dorso do 1º metatarso). Apresentou úlcera no pé esquerdo. No dia 12 de março de 2018 no teste de sensibilidade não teve nenhuma resposta nos pés. Durante o tratamento não houve perda de força muscular nas mãos somente nos pés direito e esquerdo, na última avaliação os músculos flexores obteve grau 3. Discussão: A Hanseníase Dimorfa, que desenvolvem com reações tipo 1, é muito preocupante, porque acomete os nervos, gerando lesões definitivas e incapacidade físicas. Conclusão: O caso expôs um quadro de acometimento neural grave, no qual a mesma não apresentou alterações incapacitantes ou deformidades. Acreditamos que seja devido o acompanhamento realizado pela equipe multiprofissional do Hospital São Julião. Sugerimos novos estudos para avaliar a importância da equipe multiprofissional no tratamento da hanseníase dimorfa.
COMISSÃO ORGANIZADORA
- AMILTON FERNANDES ALVARENGA – Hospital São Julião
- DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI - Hospital São Julião
COMISSÃO CIENTÍFICA
ANESTESIOLOGIA |
DR. RODRIGO LAUDO |
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CARDIOGERIATRIA |
DRA. ANGELA SICHINEL |
CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO |
DRA. ANA MARIA MAGALHÃES |
DERMATOLOGIA |
DR. AUGUSTO BRASIL |
ENDOCRINOLOGIA |
DRA. TEREZINHA MANDETTA |
GASTROENTEROLOGIA |
DR. FRANCISCO CEVALLOS |
INFECTOLOGIA |
DR. MAURICIO POMPILIO |
MASTOLOGIA |
DR. SÉRGIO FURLANI |
NUTRIÇÃO |
NUT. LUCIANE PEREZ E NUT. CLAUDIA GOUVEIA |
ODONTOLOGIA HOSPITALAR |
DR. EDUARDO MOTTA |
OFTALMOLOGIA |
DR. MARCOS PICCININ |
ORTOPEDIA |
DR. RODRIGO LARAYA |
PNEUMOLOGIA |
DRA. ANGELA DIAS QUEIROZ |
PSICOLOGIA HOSPITALAR |
PSICOL. SILVANA DORNELES |
REABILITAÇÃO |
T.O. LAURA BELADELLI |
RESIDÊNCIA |
DRA. BEATRIZ FIGUEIREDO DOBASHI |
VULNOLOGIA |
ENF. EDIVÂNIA PINHEIRO |