A pancreatite aguda é uma causa de abdome agudo inflamatório decorrente da ativação anormal de enzimas pancreáticas e da liberação de uma série de mediadores inflamatórios. Ela pode ser atribuída, na maioria dos casos, ao álcool e a cálculos biliares. No Brasil, a pancreatite aguda possui incidência variável geograficamente, mas dados do Datasus e IBGE referentes a 2014 mostram uma média de 19 casos para cada 100.000 habitantes. O objetivo deste artigo é relatar o caso de uma mulher de 44 anos que foi diagnosticada com pancreatite biliar com lesões em pingo de vela. No caso relatado, o diagnóstico de pancreatite aguda foi estabelecido, pois ela apresentava dor epigástrica, geralmente pós-prandial, associada a sintomas gastrointestinais, com abdome doloroso em epigástrio e sinal de Murphy e Giordano positivos ao exame físico abdominal. Além disso, a presença de leucocitose com desvio à esquerda pode sugerir uma infecção bacteriana e taquidispneia pode sugerir uma complicação pulmonar, devido a inflamação diafragmática secundária à pancreatite. A paciente também apresentou níveis séricos elevados de amilase e lipase, que ocorre devido ao extravasamento do conteúdo de células acinares pancreáticas no espaço intersticial e subsequente absorção na circulação sanguínea. Dessa forma, a paciente preencheu os critérios de Ranson e foi conduzida a uma abordagem cirúrgica, no qual foi submetida a videolaparoscopia, onde foi realizada a colecistectomia e foram encontradas lesões em pingo de vela. Os achados da biópsia referem necrose gordurosa, compatível com a hipótese diagnóstica de pancreatite biliar com lesões em pingo de vela. Esse é um achado de rara ocorrência, bastante infrequente e por isso se faz mister o relato deste caso. Ademais, é de notória importância ressaltar o quanto um raciocínio clínico bem elaborado pesa na hipótese diagnóstica, visto que, sem o detalhamento da história prévia da paciente e, dada a urgência do quadro, o profissional não teria conseguido guiá-la de maneira efetiva a um diagnóstico correto, o que poderia ter resultado em uma complicação maior da pancreatite aguda e do quadro de sepse da paciente. Estudo com financiamento próprio e sem conflitos de interesse.
A Associação Médica Cearense, federada da Associação Médica Brasileira no estado do Ceará, conta hoje com cerca de 5.200 associados e tem como missão representar seus associados juntos as entidades públicas e privadas, agregando, valorizando e fortalecendo a categoria no âmbito político, cientifico, cultural e social.
No âmbito científico, a entidade realiza anualmente o Outubro Médico, evento que por objetivo produzir conhecimentos na área médica e a integração entre as especialidades médicas, estimulando o ensino, a pesquisa e as investigações científicas na área médica e no campo da saúde. Colaborando assim para o aperfeiçoamento e atualização de profissionais.
A trigésima terceira edição será realizado no período de 13 a 15 de outubro de 2022 nas instalações da Faculdade Unichristus.
A expectativa é contarmos com cerca de 800 participantes, entre acadêmicos e profissionais da área de saúde (Médicos, residentes, estudantes, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Farmacêuticos, Psicólogos e outros).
O evento ressalta a “integração” como palavra chave, especialmente por acreditarmos que a excelência do evento dar-se-á pela adesão das Sociedades e Entidades Médicas e ao esforço conjunto da Comissão Organizadora.
ORIENTAÇÕES GERAIS
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio