Objetivo: Investigar as principais complicações observadas na interação entre polifarmácia e fibrilação atrial (FA) em pacientes idosos.
Método: Foi realizada uma revisão literária baseada em 5 artigos publicados entre 2019 e 2022, na língua inglesa, obtidos da base de dados MEDLINE. Os descritores utilizados na pesquisa estão de acordo com o Medical Subject Headings (MeSH) e são respectivamente “atrial fibrillation”, “polypharmacy” e “elderly”.
Resultados: Com o envelhecimento populacional e o aumento progressivo do risco cardiovascular em pacientes idosos, observa-se uma maior incidência dos casos de FA nessa faixa etária, tendo risco de desenvolvimento acima de 30% em pacientes com mais de 55 anos de idade. Associado a isso, há uma maior incidência de polifarmácia, definida como o uso contínuo de cinco ou mais medicamentos por um indivíduo, na população idosa com FA, devido à maior prevalência de comorbidades nessa faixa etária. A prevalência de polifarmácia entre pacientes com FA varia de 40-75%. Segundo a literatura vigente, diversas complicações decorrem da polifarmácia, como aumento de taxas de mortalidade, eventos hemorrágicos, Acidente Vascular Cerebral (AVC), quedas, hospitalizações e piora da qualidade de vida. Além disso, a polifarmácia pode ter impacto negativo na eficácia dos tratamentos de FA, incluindo anticoagulação, terapias de controle de frequência ou ritmo. Vale destacar que os desfechos clínicos desfavoráveis, como distúrbios cardiovasculares, progressão clínica das comorbidades, aumento da mortalidade e hospitalizações, decorrem potencialmente de interação medicamentosa, efeitos adversos às medicações e da não adesão ao tratamento de anticoagulantes, tais como apixabana, rivaroxabana e varfarina.
Conclusão: Atesta-se uma prevalência mais significativa de complicações em pacientes idosos com FA associada à condição plurimedicamentosa, ao predispor fortemente a interações medicamentosas, efeitos colaterais adversos e diminuição de adesão ao tratamento de anticoagulantes. Isso, efetivamente, leva a impactos consideráveis na saúde e qualidade de vida desses pacientes, à exemplo de quedas, hemorragias e hospitalizações.
A Associação Médica Cearense, federada da Associação Médica Brasileira no estado do Ceará, conta hoje com cerca de 5.200 associados e tem como missão representar seus associados juntos as entidades públicas e privadas, agregando, valorizando e fortalecendo a categoria no âmbito político, cientifico, cultural e social.
No âmbito científico, a entidade realiza anualmente o Outubro Médico, evento que por objetivo produzir conhecimentos na área médica e a integração entre as especialidades médicas, estimulando o ensino, a pesquisa e as investigações científicas na área médica e no campo da saúde. Colaborando assim para o aperfeiçoamento e atualização de profissionais.
A trigésima terceira edição será realizado no período de 13 a 15 de outubro de 2022 nas instalações da Faculdade Unichristus.
A expectativa é contarmos com cerca de 800 participantes, entre acadêmicos e profissionais da área de saúde (Médicos, residentes, estudantes, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Farmacêuticos, Psicólogos e outros).
O evento ressalta a “integração” como palavra chave, especialmente por acreditarmos que a excelência do evento dar-se-á pela adesão das Sociedades e Entidades Médicas e ao esforço conjunto da Comissão Organizadora.
ORIENTAÇÕES GERAIS
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio