Objetivos: Explicitar a abordagem cirúrgica endovascular no paciente com Síndrome do Quebra-Nozes (SQN); Analisar a fisiopatologia e a evolução do paciente com SQN; Comparar a eficácia do tratamento endovascular a outros cirúrgicos; Descrever a técnica endovascular no paciente com SQN; Identificar complicações associadas a abordagem endovascular no paciente com SQN;
Métodos: A busca dos artigos se constituiu numa consulta na base de dados PUBMED utilizando os descritores: (Endovascular Procedures) AND (Renal Nutcracker Syndrom), sendo encontrados 26 artigos. Os critérios de inclusão foram: recorte temporal dos últimos 10 anos e compatibilidade com os objetivos da pesquisa. Excluímos relatos de casos e artigos que divergiam da temática, resultando em 7 artigos que atenderam aos critérios.
Resultados: Segundo os artigos, é possível concluir que a Síndrome de Quebra-Nozes (SQN) decorre da compressão da veia renal esquerda (VRE) ocasionada principalmente por estenose da região aorto-mesentérica. Podendo levar a hipertensão venosa, varizes aórticas e na pelve renal, acarretando hematúria e proteinúria ortostática. Ainda, pode-se incluir congestão pélvica em mulheres e varicocele em homens.
Quando ocorre estreitamento da região aorto-mesentérica, recebe-se o nome de SQN anterior. É possível, também, haver compressão da VRE pela aorta e a coluna vertebral, sendo uma SQN posterior. Também foi descrita uma trajetória circum-aórtica da VRE, com a compressão no compartimento anterior e posterior.
Faz-se um acesso percutâneo da veia femoral comum direita ou esquerda para realizar o cateterismo da VRE. O acesso também pode ser feito pela veia jugular interna para facilitar a canulação da VRE. O fio é direcionado para a veia gonadal esquerda, permitindo-se aquisição suficiente para a entrega da bainha. Após o posicionamento da bainha na estenose, o fio é direcionado para a VRE, o stent é centrado na estenose e implantado após a bainha ser retirada.
O tratamento para SQN ocorre de acordo com a sintomatologia, sendo os conservadores os mais utilizados. Porém, o manejo cirúrgico é frequentemente necessário para corrigir a causa anatômica subjacente da compressão venosa. Ocorrendo por cirurgia aberta, laparoscopia ou endovascular. A endovascular se apresenta com representativa eficácia e destaca-se por evitar anastomose adicional, dissecção cirúrgica extensa e períodos de congestão renal envolvidos em cirurgia aberta.
Apesar dos prognósticos positivos associados ao tratamento endovascular, tal cirurgia não é isenta de riscos, sendo o principal deles a migração do stent, que pode se direcionar para região hilar da veia renal esquerda, veia cava inferior, átrio direito ou artérias pulmonares, por exemplo. Além dessa, foram relatadas ocorrências de reestenose do stent e trombose associadas à essa abordagem cirúrgica.
Conclusão: Portanto, a abordagem endovascular torna-se uma boa alternativa em comparação com os outros tratamentos cirúrgicos. Entretanto, não há tantos estudos que favoreçam a evidência clara da eficácia em comparação com outros métodos. Necessita-se que mais pesquisas sejam elaboradas para consolidação do método.
A Associação Médica Cearense, federada da Associação Médica Brasileira no estado do Ceará, conta hoje com cerca de 5.200 associados e tem como missão representar seus associados juntos as entidades públicas e privadas, agregando, valorizando e fortalecendo a categoria no âmbito político, cientifico, cultural e social.
No âmbito científico, a entidade realiza anualmente o Outubro Médico, evento que por objetivo produzir conhecimentos na área médica e a integração entre as especialidades médicas, estimulando o ensino, a pesquisa e as investigações científicas na área médica e no campo da saúde. Colaborando assim para o aperfeiçoamento e atualização de profissionais.
A trigésima terceira edição será realizado no período de 13 a 15 de outubro de 2022 nas instalações da Faculdade Unichristus.
A expectativa é contarmos com cerca de 800 participantes, entre acadêmicos e profissionais da área de saúde (Médicos, residentes, estudantes, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Farmacêuticos, Psicólogos e outros).
O evento ressalta a “integração” como palavra chave, especialmente por acreditarmos que a excelência do evento dar-se-á pela adesão das Sociedades e Entidades Médicas e ao esforço conjunto da Comissão Organizadora.
ORIENTAÇÕES GERAIS
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