Objetivos: O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre as manifestações musculoesqueléticas da síndrome pós-COVID-19, também denominada de síndrome de COVID longo. Métodos: Realizou-se uma busca na base de dados PUBMED de artigos científicos (estudos observacionais, séries e/ou relatos de casos) que abordassem as manifestações musculoesqueléticas pós-COVID-19. Foram buscados os seguintes termos: “long COVID”, “post COVID”, “musculoskeletal pain”, “myalgia”, “fatigue”, “muscle pain”, "arthralgia", “arthritis”, “back pain” e "cervical pain”. Como critério de inclusão, buscou-se artigos originais em inglês publicados entre janeiro de 2020 e junho de 2022. Foram excluídas pesquisas com animais, demais categorias de artigos e publicações em outros idiomas. Resultados: Ao todo, foram selecionados 30 artigos para compor esta revisão. Pode-se identificar a presença de sintomas musculoesqueléticos em uma alta proporção de casuísticas de pacientes com COVID-19 longa, entre os quais destacam-se fadiga (85,3% - 90%), mialgia (19%- 68%), artralgia e artrite (15,5% -43.3%). Além disso, queixas de redução da densidade mineral óssea, osteoporose, sarcopenia, osteonecrose, miosite e fraqueza muscular foram relatadas esparsamente nos estudos. Houve relação direta dos sintomas presentes na síndrome pós-COVID-19 com o maior tempo de internamento, idade avançada e sexo feminino. Conclusões: COVID-19 é uma doença complexa, não se limitando ao acometimento pulmonar. As consequências multissistêmicas tardias dessa infecção viral, apesar de ser uma entidade recentemente descrita, constitui um importante problema de saúde global secundário à pandemia de COVID-19, motivo pelo qual devem ser reconhecidas e tratadas apropriadamente. As complicações relacionadas ao sistema musculoesquelético, como fadiga, artralgia e mialgia, levam a um importante impacto econômico e social, além de demanda excessiva do sistema de saúde. A ampla divulgação dessa síndrome para aumentar a percepção e reconhecimento precoce pelos médicos é fundamental. Além disso, sugere-se que mais pesquisas sejam feitas para elaboração de melhores estratégias de tratamento e prevenção da síndrome de COVID longa, a fim de reduzir seu impacto.
A Associação Médica Cearense, federada da Associação Médica Brasileira no estado do Ceará, conta hoje com cerca de 5.200 associados e tem como missão representar seus associados juntos as entidades públicas e privadas, agregando, valorizando e fortalecendo a categoria no âmbito político, cientifico, cultural e social.
No âmbito científico, a entidade realiza anualmente o Outubro Médico, evento que por objetivo produzir conhecimentos na área médica e a integração entre as especialidades médicas, estimulando o ensino, a pesquisa e as investigações científicas na área médica e no campo da saúde. Colaborando assim para o aperfeiçoamento e atualização de profissionais.
A trigésima terceira edição será realizado no período de 13 a 15 de outubro de 2022 nas instalações da Faculdade Unichristus.
A expectativa é contarmos com cerca de 800 participantes, entre acadêmicos e profissionais da área de saúde (Médicos, residentes, estudantes, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Farmacêuticos, Psicólogos e outros).
O evento ressalta a “integração” como palavra chave, especialmente por acreditarmos que a excelência do evento dar-se-á pela adesão das Sociedades e Entidades Médicas e ao esforço conjunto da Comissão Organizadora.
ORIENTAÇÕES GERAIS
Comissão Científica
Roberto Ribeiro Maranhao
Maria Sidneuma Melo Ventura
José Nazareno de Paula Sampaio