OBJETIVOS: Esta revisão objetiva analisar a fisiopatologia da surdez congênita causada pelo citomegalovírus (CMV), com ênfase nas implicações clínicas, estratégias de prevenção/intervenção e relação entre infecções por CMV em gestantes e o prognóstico da perda auditiva em recém-nascidos.
MÉTODOS: Este estudo é o resultado de uma pesquisa bibliográfica conduzida nas bases de dados Medline e LILACS por meio da utilização dos descritores “Cytomegalovirus” e ‘‘Deafness Congenital”. Foram incluídos artigos originais e relatos de caso disponíveis na íntegra publicados entre 2018 e 2023 em inglês, francês e espanhol. Após o uso de filtros e critérios de exclusão, foram selecionados onze estudos para compor o trabalho.
RESULTADOS:
A perda auditiva pode ser detectada durante o primeiro ano de vida ou mais tarde. Ela pode ter uma possível progressão para surdez nos casos não diagnosticados e tratados adequadamente. Sendo assim, é crucial que o cuidado e a prevenção dessa patologia seja iniciada antes da gestação, pois é um vírus que não apresenta variações sazonais.
O CMV pode se apresentar por dois tipos de infecções: a infecção primária, em que ocorre a primeira transmissão do patógeno na gestação, e a infecção não primária, quando a puérpera já passou por um primeiro contato com o vírus anteriormente à gestação. O tipo de infecção contraída pela puérpera pode trazer diferenças no prognóstico do recém-nascido.
Estima-se que, em gestantes com infecção primária, o risco de transmissão da infecção ao feto seja de 24-75%, podendo o risco ser maior à medida que a idade gestacional se desenvolve, enquanto nas infecções não primárias esse risco está em torno de 1%. Porém, os danos fetais possuem maior gravidade quando a infecção se instala no início da gestação.
A patogênese da perda auditiva causada pelo CMV não é bem compreendida, porém parte da literatura a atribui ao efeito citopático do próprio vírus, que se estabelece nas células neurais da orelha interna e estimula a liberação de mediadores inflamatórios do hospedeiro no seu interior, resultando em lesões no aparelho auditivo e consequente perda de audição. A progressão da perda sensorial e a flutuação do quadro estão associados à reativação e replicação do vírus na orelha interna, que continua a ocorrer mesmo após o nascimento.
CONCLUSÃO: Encontra-se forte relação entre a infecção por CMV e perda auditiva, sendo necessários estudos mais profundos na área de abordagem das diversas formas de detecção precoce e terapêutica da doença, buscando mitigar as consequências desfavoráveis e diminuir a incidência da surdez neurossensorial em recém nascidos.
O OUTUBRO MÉDICO é um evento multidisciplinar realizado pela Associação Médica Cearense - AMC e carrega em seu histórico tradição e qualidade na programação científica formada por conferências e tutoriais que são apresentados por renomados especialistas e importantes autoridades médicas, possibilitando assim a atualização dos profissionais e acadêmicos de toda nossa região.
Abordando vários temas, o evento dará enfoque tanto aos fundamentos teóricos quanto às aplicações práticas e profissionais utilizados atualmente no dia a dia do médico.
O OUTUBRO MÉDICO chegou a sua XXXIV EDIÇÃO consolidando a importância do evento para a classe, onde o objetivo é discutir a saúde com foco em temas de grande relevância para a saúde.
Nesta edição, contaremos com o Point do Cooperativismo - SOU + COOP, que assim como na edição anterior, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor o modelo de negócio que mais cresce no mundo e ainda ter acesso direto a algumas das maiores cooperativas médicas do estado.
ORIENTAÇÕES GERAIS
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Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
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