Panorama nacional epidemiológico acerca do diagnóstico e tratamento do câncer de cabeça e pescoço de 2013 a 2023.

Panorama nacional epidemiológico acerca do diagnóstico e tratamento do câncer de cabeça e pescoço de 2013 a 2023.

• Autor
• Andressa Fernandes de Souza Mourão Feitosa
• Co-autores
• Liêvin Matos Rebouças , Bruna Carolina Coelho da Silva , Ana Camila Xavier Lopes
• Resumo

• O câncer de cabeça e pescoço (CCP) representa o sétimo tipo de neoplasia mais comum do mundo, com estimativa de 700.000 novos casos por ano. É um carcinoma bastante prevalente, porém, cerca de 60% dos casos apresentam diagnóstico tardio, o que impacta diretamente na sobrevida dos pacientes. O CCP é o quinto mais incidente em homens e quarto em mulheres, sendo responsável por cerca de 10 mil mortes por ano no Brasil. Cerca de 30% a 40% dos CCP poderiam ser evitados com adoção de medidas comportamentais, pois os principais fatores etiológicos do CCP são atribuídos aos hábitos, sendo o tabagismo, o abuso de álcool e a infecção por papilomavírus humano as principais causas. Objetivo: apresentar um panorama nacional a respeito do tempo de tratamento do CCP. Metodologia: Os dados relacionados ao tempo de tratamento estimado e ao tipo de estadiamento no diagnóstico foram colhidos do site Painel Oncológico do Brasil a partir da plataforma DATASUS. Foram incluíram pacientes de ambos os sexos com neoplasia de cavidade oral, hipofaringe, nasofaringe, orofaringe e de 2013 a 2023. Os dados referentes à incidência e taxa de mortalidade de câncer de cavidade oral foram colhidos do Instituto Nacional do Câncer de 2013 a 2021. Resultados: No tocante ao estadiamento no diagnóstico, todas as regiões do Brasil apresentaram a maior prevalência em estadio 4. A região sudeste liderou o número de diagnósticos com 64.970, sendo 69,1% em estadio 3 ou 4, seguido do nordeste com cerca de 32 mil diagnósticos,sendo 68% em estadio 3 ou 4, e do sul, com 31 mil casos,. A região Norte contabilizou apenas 4.086 casos, sendo 69% em estadio 3 ou 4. A região Norte contabilizou apenas 5.719 casos, sendo 51% em estadio 3 ou 4. Ademais, todas as regiões apresentaram o tratamento com duração maior que 60 dias como o tipo mais prevalente, seguido de tratamento em até 30 dias. A região sudeste liderou o número de tratamentos no país, apresentando 58,6% do total com duração >60 dias e 22% de duração <30 dias. A região sul apresentou proporcionalmente um tratamento mais rápido, tendo 45% de tratamento com duração >60 dias e 33% com <30 dias. Em contrapartida, a região norte demonstrou ser a localização de tratamento mais longo, com 63,9% >60 dias e 20% <30 dias. Além disso, a estimativa em 2023 de câncer de cavidade oral no Brasil é de 15.100 novos casos, tendo o Ceará uma taxa de incidência de câncer de cavidade oral de 7,19 casos por 100 mil habitantes, ficando em 4° estado com maior taxa de incidência em 2023, atrás de Santa Catarina (8,79/100.000 habitantes), Alagoas (8,28/100.000 habitantes) e  Sergipe (7,73/100.000 habitantes). Em relação à taxa de mortalidade, nota-se uma diminuição temporal, sendo, em 2013, 0,51 e em 2021 0,39 no Brasil.

  Portanto, é notória a incidência de um carcinoma prevenível, em muitos casos, e a discrepância regional e a necessidade de melhorias do sistema público de saúde em relação à prevenção, ao diagnóstico precoce e à efetividade do tratamento no país.

• Palavras-chave
• Neoplasias de Cabeça e Pescoço, Epidemiologia, Neoplasia Maligna
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Área da Saúde

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