Artrite Reumatóide relacionada à COVID-19; Uma revisão de literatura

  • Autor
  • Lara Damasceno Duarte
  • Co-autores
  • Isabella Silva Feitosa , Luiza do Ceará Guimarães , Ruan Christian Braga Uchoa , Yasmin de Souza Araújo , Sônia Leite da Silva
  • Resumo
  • Objetivo: Analisar a interação entre Artrite Reumatóide (AR) e a Covid-19, observando o risco de complicações em pacientes reumatóides infectados. Método: A busca de artigos ocorreu por meio de pesquisa no “PubMed”, base de dados eletrônicos, entre 2021 e 2023. Os seguintes descritores foram utilizados: “Artrite Reumatóide” e “Covid-19”, além dos filtros “dados associados”, “humanos”, “inglês”, com 15 resultados. Resultados: Na pandemia da COVID-19 foi relatado que pacientes com AR apresentavam maior risco de infecção do que a população geral, devido a imunossupressão, estado inflamatório crônico e comorbidades, mas não houve diferença na prevalência de COVID-19 entre os grupos. Porém, há controvérsias quanto ao grau de complicações, se o paciente tem os dois diagnósticos concomitantes, mas acredita-se que alguns imunossupressores utilizados no tratamento da AR podem melhorar os resultados da COVID-19, mostrando que os riscos de complicações em pacientes reumatóides infectados, estão relacionados mais às comorbidades que possuem, onde as maiores chances de hospitalização foram observadas em relação a idade (>65 anos/OR-2,24), >75 anos/OR-3,94), DCV (OR-3,36), doença pulmonar (OR-2,79) e doença renal crônica (OR 2,96). Porém, aqueles com doença reumática tiveram maior razão de chances (OR-3,11) para internação em terapia intensiva e ventilação mecânica (48% vs 18%), mas a mortalidade foi comparável entre os dois grupos (6% vs 4%). As estratégias de manejo clínico utilizadas não mostraram associação entre o tratamento anti-reumático específico e a probabilidade de ter COVID-19, mas o mau controle da atividade da AR foi correlacionado com risco maior de adquirir infecções. Porém, pacientes sem suspeita ou confirmação de COVID-19 devem continuar o tratamento com AINEs, Glicocorticóides-GCs, sendo o uso de GCs controverso e recomendado em casos de COVID-19 grave, devido o papel anti-inflamatório e imunossupressora da dexametasona, limitando a atividade de citocinas inflamatórias, células T e B, além de reduzir a mortalidade de pacientes graves e intubados com COVID-19. Foi mostrado que inibidor JAK-Baricitinib, usado no tratamento da AR, controla a replicação do SARS-CoV-2, amortecendo as vias de sinalização associadas à tempestade de citocinas, envolvida na COVID-19 grave. Sabe-se que o comprometimento funcional devido à AR leva à perda de produtividade e absenteísmo do trabalho, aumento das despesas com cuidados de saúde e diminuição da qualidade de vida, se configurando como um forte preditor de depressão em pacientes com AR, aumentando o risco de suicídio. Assim, se a AR já predispõe os pacientes a transtornos mentais, na pandemia da Covid-19, os pacientes foram mais afetados. Conclusão: A pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios para o manejo da doença, uma vez que os pacientes apresentam risco aumentado de complicações graves pela infecção viral, bem como pelo agravamento ou reativação da atividade da doença. Os fatores de risco da COVID-19 em pacientes com AR estão mais relacionados às comorbidades, à idade avançada e ao mau controle da doença do que pelo uso de medicamentos imunossupressores utilizados, não havendo evidências sobre a suspensão ou alteração dos tratamentos anti-reumáticos em caso de infecção ou exposição ao SARS-CoV-2, devendo cada caso ser avaliado individualmente pelo médico.

  • Palavras-chave
  • Artrite reumatóide, COVID-19, Pandemia, Imunossupressores, Transtornos mentais.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Área da Saúde
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O OUTUBRO MÉDICO é um evento multidisciplinar realizado pela Associação Médica Cearense - AMC e carrega em seu histórico tradição e qualidade na programação científica formada por conferências e tutoriais que são apresentados por renomados especialistas e importantes autoridades médicas, possibilitando assim a atualização dos profissionais e acadêmicos de toda nossa região.

Abordando vários temas, o evento dará enfoque tanto aos fundamentos teóricos quanto às aplicações práticas e profissionais utilizados atualmente no dia a dia do médico.

O OUTUBRO MÉDICO chegou a sua XXXIV EDIÇÃO consolidando a importância do evento para a classe, onde o objetivo é discutir a saúde com foco em temas de grande relevância para a saúde.

Nesta edição, contaremos com o Point do Cooperativismo - SOU + COOP, que assim como na edição anterior, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor o modelo de negócio que mais cresce no mundo e ainda ter acesso direto a algumas das maiores cooperativas médicas do estado.

ORIENTAÇÕES GERAIS

  • Podem ser inscritos trabalhos da área de saúde;
  • Cada TRABALHO, deverá ter no mínimo um autor inscrito no Congresso e estar de acordo com as normas exigidas;
  • O autor inscrito responsável pelo envio do trabalho, automaticamente, será o autor principal, sendo os demais co-autores.
  • Cada participante poderá enviar até 03 (três) trabalhos científicos, o mesmo vale para co-autor;
  • Quantidade máxima de autores por trabalho - 6 (seis), incluindo o orientador;
  • Um dos co-autores deverá ser o orientador, devendo este ocupar a última posição da relação de co-autores;
  • Data para recebimento de trabalho científico: Até 06/10/2023.
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Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO

Adner Nobre de Oliveira

 

Presidente da Associação Médica Cearense

José Aurillo Rocha

 

Diretor Financeiro

Marcos Aurélio Pessoa Barros

 

Comissão Científica e de Trabalhos Científicos

José Nazareno de Paula Sampaio

Maria Sidneuma Melo Ventura

 

Associação Médica Cearense

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