DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE LOEFFLER: ACHADOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS E RADIOLÓGIOS

  • Autor
  • Gustavo Lopes Teixeira
  • Co-autores
  • Lara Vasconcelos Cavalcante , Leticia Vasconcelos Rolim , Gabrielle Gadelha Costa , Ana Livia Felipe Dias , Maria de Fátima Figueiredo
  • Resumo
  •  

    Objetivo: Mensurar a coexistência dos achados clínicos, laboratoriais e radiológicos na pneumonia eosinofílica. 

    Metodologia: Estudo do tipo Revisão Narrativa. Realizada a partir da busca por artigos das bases de dados PubMed e LILACS. Na primeira, buscaram-se os descritores “Eosinophilia”, “Loeffler’s syndrome”, “child” e “Ascaris lumbricoides”. Na segunda base, foram pesquisados os termos “Sindrome de Loeffler” e “Ascaris Lumbricoides”. 

    Resultados: Síndrome de Loeffler é uma pneumonia eosinofílica, caracterizada por infiltrados pulmonares migratórios associados, geralmente, a um aumento do número de eosinófilos no sangue e escarro. É relacionada principalmente à infecção parasitária causada por Ascaris lumbricoides, mas também possui outras etiologias como outras parasitoses ou reações de hipersensibilidade aguda a medicamentos. Nesse sentido, o contágio ocorre por meio da ingestão de ovos de vermes presentes em alimentos contaminados. As larvas liberadas no intestino alcançam a circulação portal, atravessam o fígado e atingem a circulação pulmonar, onde invadem o espaço alveolar. Nesse estágio, ocorre o desenvolvimento da larva, a qual é reintroduzida no canal alimentar através da deglutição de escarro contaminado. Nesse aspecto, os principais achados clínicos são a tosse seca, febre baixa, dispneia asmatiforme, presença de sibilos, crepitações finas e estertores à ausculta pulmonar. Além disso, os achados laboratoriais mais comuns incluem eosinofilia sanguínea leve (5-20%), nível de imunoglobulina E elevado. O exame de fezes pode encontrar parasitas e ovos a partir de 6 a 12 semanas após a infecção parasitária inicial, e representa o desaparecimento dos sintomas pulmonares. Ademais, o lavado broncoalveolar pode indicar aumento de eosinofilos nos espaços aéreos. Em termos radiográficos, as principais alterações incluem o infiltrado alvéolo-intersticial não segmentar, transitório, de caráter migratório, localizado preferencialmente na periferia. Áreas de opacidade em vidro fosco ao redor da consolidação ou nódulos também são observados na Tomografia Computadorizada. 

    Conclusão: Na síndrome de Loeffler, uma pneumonia eosinofílica, que tem como principal agente causador, o ascaris lumbricoides, além de outros parasitas migratórios infiltrados, o paciente apresenta sintomas respiratórios característicos como a tosse seca e escarro, causados pela ação do parasita no corpo do indivíduo. Durante o diagnóstico, achados mais importantes em exames laboratoriais são níveis de eosinófilos presentes no sangue, Imunoglobulina E elevado, além de ovos encontrados no exame de fezes e alterações na tomografia computadorizada. Isso ocorre pois os eosinófilos são células do sistema imunológico responsáveis pelo combate a infecções do corpo, além de agirem em resposta de inflamações, ações antiparasitárias, e também agir diante respostas de reações alérgicas do indivíduo. Sendo assim, a partir da ingestão de ovos do agente parasita, o quadro se agrava após a eclosão, onde tanto a presença da larva como o parasita adulto possuem capacidade de lesionar o corpo do hospedeiro de forma mecânica ou por meio de outras alterações durante sua migração. Logo, durante o tratamento é priorizado retirar o parasita no corpo do hospedeiro, agir com a devida medicação indicada contra o mesmo e manter a observação dos sintomas até a melhora do paciente.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Eosinofilia, Ascaris lumbricoides, Síndrome de Loeffler
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Área da Saúde
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