Introdução: Os medicamentos antirretrovirais surgiram por volta da década de 80 para tratamento da infecção por HIV. Desde então, esquemas terapêuticos são empregados propondo-se carga viral indetectável, melhor qualidade de vida e redução dos efeitos colaterais. Para isso, as terapias simplificadas são prescritas para pacientes com carga viral indetectável por mais de 6 meses e sem alterações clínicas.
Objetivo: O objetivo deste estudo é mostrar um paciente elegível para terapia simplificada que evoluiu com aumento exponencial da carga viral após mudança terapêutica em uma clínica-escola de Saúde em Fortaleza.
Relato de caso: O.A.L., 61 anos, sexo masculino, natural e procedente de Fortaleza, encaminhado para a clínica-escola em janeiro de 2017 para acompanhamento com infectologista após diagnóstico de infecção por HIV. Apresentava diarreia há 2 meses, sem sangue ou muco, desidratação, adinamia, astenia e perda ponderal. Somavam-se às queixas febre vespertina e tosse esporádica sem expectoração. Negava outros sintomas ou comorbidades. Ao exame físico, estado geral regular, mucosas pálidas, emagrecido, sem linfonodomegalias. Medidas antropométricas, exame do tórax e abdômen sem alterações dignas de nota. Levantou-se a hipótese de síndrome da imunodeficiência adquirida associada à tuberculose, confirmada por exames complementares. Havia carga viral de 139 cópias e demais sorologias negativas para outras doenças infecciosas. Foi prescrito o tratamento com rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol para tuberculose, além de tenofovir (TDF), lamivudina (3TC) e efavirenz, posteriormente substituído por dolutegravir (DTG), para terapia antirretroviral (TARV). O acompanhamento ambulatorial seguiu-se com boa adesão e tolerância aos medicamentos, sem complicações. A carga viral manteve-se indetectável e paciente assintomático. Em fevereiro de 2022, ocorreu a troca para terapia dupla, composta por 3TC e DTG. Todavia, após 6 meses com o novo esquema, detectou-se carga viral de 293.364 cópias. Prescreveu-se reintrodução do esquema triplo (TDF, 3TC e DTG) e foi solicitada genotipagem viral, que mostrou ausência de mutações e impossibilidade de amplificação da integrase. Paciente retorna em janeiro de 2023 com carga viral de 934 cópias. Atualmente, apresenta CV indetectável.
Conclusão: Portanto, enfatiza-se a necessidade de acompanhamento regular após troca de TARV para adequado controle viral a partir do seguimento da carga viral, excepcionalmente em períodos de mudanças terapêuticas.
O OUTUBRO MÉDICO é um evento multidisciplinar realizado pela Associação Médica Cearense - AMC e carrega em seu histórico tradição e qualidade na programação científica formada por conferências e tutoriais que são apresentados por renomados especialistas e importantes autoridades médicas, possibilitando assim a atualização dos profissionais e acadêmicos de toda nossa região.
Abordando vários temas, o evento dará enfoque tanto aos fundamentos teóricos quanto às aplicações práticas e profissionais utilizados atualmente no dia a dia do médico.
O OUTUBRO MÉDICO chegou a sua XXXIV EDIÇÃO consolidando a importância do evento para a classe, onde o objetivo é discutir a saúde com foco em temas de grande relevância para a saúde.
Nesta edição, contaremos com o Point do Cooperativismo - SOU + COOP, que assim como na edição anterior, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhor o modelo de negócio que mais cresce no mundo e ainda ter acesso direto a algumas das maiores cooperativas médicas do estado.
ORIENTAÇÕES GERAIS
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Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
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Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
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Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
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