METODOLOGIA
O presente estudo consiste em uma revisão literária, baseada em 6 artigos,
publicados entre 2019 e 2022, na língua inglesa, obtidos nas bases de dados
MEDLINE via Pubmed. Foram utilizados os seguintes descritores MeSH
(Medical Subject Headings) combinados por meio do operador booleano AND:
“button battery ingestion”, “foreign bodies”, “child”, “endoscopy” e
“management”.
OBJETIVOS
O objetivo do resumo in situ foi expor, de forma simples e objetiva,
como deve ser realizado o manejo adequado dos casos em que há a ingestão
de baterias por crianças, além de abordar possíveis complicações da ingestão
de material com propriedades corrosivas.
RESULTADOS
As baterias configuram como um dos itens mais achados em
investigações de engasgos em infantes, sendo 6,8% do total de corpos
estranhos encontrados. Nessa perspectiva, é imprescindível a observação do
quadro clínico que pode envolver dor retroesternal, disfagia, tosse e sialorreia,
em casos de impactação.
Quanto ao diagnóstico, a radiografia do tórax é o método de escolha, uma
vez que favorece a visualização e promove a definição da conduta. A literatura
destaca que, após a documentação radiográfica, com achado de sinal do halo,
as baterias alojadas no esôfago devem ser removidas emergencialmente, via
endoscopia digestiva alta, para evitar possíveis complicações advindas das
propriedades corrosivas da bateria. Na maioria dos casos, as baterias são
removidas com o uso de acessórios endoscópicos, tipo pinças de corpo
estranho ou cestas. Entretanto, caso a bateria não possa ser recuperada
diretamente do esôfago, ela deverá ser empurrada para o estômago, pois,
uma vez na cavidade gástrica, a maioria passa sem complicações. Ademais,
baterias de pequeno diâmetro que passam além do esôfago não precisam ser
recuperadas, já que serão eliminadas através da evacuação, em
aproximadamente 72 horas, sendo feito um acompanhamento por meio de
radiografias para avaliar a progressão da bateria no trato gastrointestinal. Em
situações em que o paciente apresenta sinais de lesão no trato gastrointestinal,
a intervenção cirúrgica é recomendada para a reparação dos danos causados
no tecido.
Com relação às possíveis complicações advindas da ingestão de baterias
por crianças, destacam-se fístulas, erosões e necrose liquefativa no tecido
esofágico, além de lesões no tecido gástrico, que estão relacionadas à posição
em que a bateria está impactada, pois o contato da mucosa com o polo
negativo do artefato pode acarretar tais adversidades.
CONCLUSÃO
Tendo em vista a elevada incidência dos casos de ingestão de baterias por
crianças, destaca-se a importância da manipulação adequada desses objetos
presentes no trato gastrointestinal, sendo de suma importância o diagnóstico
precoce para a delimitação de condutas, visto que influenciará diretamente na
redução das complicações.
Além disso, reitera-se a necessidade de debruçar-se mais sobre tal temática,
melhorando, cada vez mais, os procedimentos envolvidos no prognóstico, além
de promover a redução das influências negativas dos sinais, sintomas e dos
possíveis agravantes na vida do paciente.
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Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura
Associação Médica Cearense
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