Objetivos: Apresentar, por intermédio de uma revisão integrativa, a relação imunopatológica entre a infecção pelo vírus da Chikungunya e a Artrite Crônica, bem como sua similaridade com a Artrite Reumatoide.
Métodos: Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa, em que foram utilizadas as bases de dados MEDLINE, EMBASE e SCOPUS através da combinação dos descritores MeSH "Chikungunya Fever" e "Arthritis, Rheumatoid" para a base MEDLINE e os descritores Emtree “chikungunya” e "rheumatoid arthritis" para as bases EMBASE e SCOPUS, combinados através do operador booleano AND. Foram selecionados 11 artigos, publicados entre os anos de 2013 e 2023, que coincidiam com o alinhamento do trabalho por meio da leitura do título, resumo e texto completo.
Resultados: O vírus Chikungunya (ChikV), causador da doença febril aguda artritogênica, é transmitido aos humanos por mosquitos da espécie Aedes. Durante a fase aguda, os pacientes apresentam sintomas, como: febre alta, poliartrites, erupção cutânea, cefaléia e mialgia, podendo durar de dias (forma subaguda) a semanas (crônica). Uma parcela significativa de pacientes (50%) pode desenvolver artrite crônica por ChikV, assemelhando-se a artrite reumatoide (AR), que ocorre quando a dor e o inchaço das articulações perduram por mais de 3 meses após a fase aguda. Por sua vez, a etiopatogenia da AR prevê infecções por vírus lentos, tais como: Epstein-Barr, citomegalovírus e o vírus da imunodeficiência humana e, assim como na artrite crônica por ChikV, também há uma produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-1 beta (IL-1), a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), que desempenham um papel essencial na inflamação crônica nas articulações, que é característica de ambos os tipos de artrite. A sintomatologia de ambas também é similar, a qual inclui fadiga, artralgias, artrite, mialgias e rigidez matinal, apresentando-se como uma poliartrite simétrica e aditiva de pequenas articulações (mãos e pés), e afetando geralmente mulheres de meia-idade. Além disso, indivíduos que têm um histórico de doenças reumáticas tendem a desenvolver mais complicações após contrair a infecção pelo ChikV. O tratamento de ambos os tipos de artrite também é similar, o qual envolve a administração de imunomoduladores de ação lenta - cloroquina, metotrexato e leflunomida, até imunobiológicos (casos refratários), que ajudam a reduzir a dor e a inflamação, além da destruição, deformidades e anquilose ósteo-articular, que geram incapacidade e diminuição da qualidade de vida do paciente.
Conclusão: Entende-se com essa revisão integrativa que, o ChikV tem potencial para manter um status de desorganização imunológica que, dependendo de fatores heredo-familiares e outros desencadeantes externos, pode-se apresentar de forma espectral, variando desde uma inflamação crônica artritogênica até AR propriamente dita. Sabe-se também que pacientes com doenças reumáticas autoimunes, sem imunomodulação adequada, apresentam recrudescimento de suas síndromes e evoluem mais rapidamente com sequelas, pós-infecção pelo ChikV. Apesar de não haver um perfil bem delimitado, aconselha-se que pessoas infectadas pelo ChikV sejam acompanhadas até defervescência dos sintomas e, caso contrário, após 3 meses AR seja descartada.
Palavras-chave: Chikungunya. Artrite crônica. Artrite reumatoide.
O OUTUBRO MÉDICO é um evento multidisciplinar realizado pela Associação Médica Cearense - AMC e carrega em seu histórico tradição e qualidade na programação científica formada por conferências e tutoriais que são apresentados por renomados especialistas e importantes autoridades médicas, possibilitando assim a atualização dos profissionais e acadêmicos de toda nossa região.
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Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
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