PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIDADE HOSPITALAR E ÓBITOS POR NEOPLASIAS MALIGNAS DE FÍGADO E VIAS BILIARES INTRAHEPÁTICAS NO SUS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORBIDADE HOSPITALAR E ÓBITOS POR NEOPLASIAS MALIGNAS DE FÍGADO E VIAS BILIARES INTRAHEPÁTICAS NO SUS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

• Autor
• Monique Elarrat Canto Cutrim
• Co-autores
• Ana Clara Silva Lima , Brenda de Carvalho Ramos , José Airton Feijão Neto , Lucas Jussier Pinheiro Duarte , Vinicius Tavares Morais
• Resumo

• Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar e óbitos de pacientes internados no Sistema Único de Saúde (SUS) acometidos por neoplasias malignas de fígado e vias biliares intrahepáticas nos últimos 5 anos no estado do Ceará. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo que analisa o perfil epidemiológico de morbidade e óbitos no SUS por neoplasias malignas do fígado e vias biliares intra-hepáticas, entre os anos de 2018 a 2023, no Ceará. Foram escolhidas como variáveis de análise o sexo e a faixa etária dos pacientes, sendo realizada a coleta dos dados através dos registros do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), integrante do DATASUS, além da seleção de artigos na base de dados Pubmed e SciElo a partir das palavras-chave “neoplasia”, “fígado”, “vias biliares”. Resultados: As neoplasias malignas hepáticas primárias são o sexto tipo mais prevalente de neoplasia maligna e a quarta causa de morte relativa ao câncer no mundo, sendo o carcinoma hepatocelular (CHC) sua principal etiologia, representando cerca de 70 a 85% dos casos. Essa enfermidade possui estreita relação com patologias prévias que acometem o fígado, como a cirrose, associada nestes casos principalmente as hepatites virais B e C, álcool ou doença hepática não alcoólica. Quando não realizada intervenção sobre o tumor, ocorre crescimento progressivo de uma massa que reduz a função hepática e pode gerar metástases intra e extra-hepáticas. Nesses casos o prognóstico do paciente costuma ser de cerca de 10 meses, em decorrência de sintomas como caquexia, insuficiência hepática, ruptura de varizes esofagogástricas e hemoperitônio. Dados mostraram que, no estado do Ceará, entre o período de Janeiro/2018 a Março/2023, 330 indivíduos foram a óbito por Neoplasias de fígado e vias biliares intra-hepáticas, sendo 166 (50,6%) do sexo masculino e 164 (49,6%) do sexo feminino. Além disso, também houveram registros acerca da faixa etária das pessoas que apresentaram essa condição, com maior prevalência entre 60 a 69 anos, correspondendo a 115 casos (34,8%), e menor prevalência entre 1 a 4 anos, com apenas 2 casos (0,6%). Outros intervalos de idade também prevalentes foram 70 a 79 anos, com 75 registros (22,7%), e 50 a 59 anos, com 61 registros (18,4%). Tais dados corroboram com o estudo apresentado por SOUSA, L. E. S., que mostrou que no Brasil há maior prevalência de internações desse quadro no sexo masculino e, em relação à faixa etária, evidencia-se um maior número de indivíduos entre 60 a 69 anos, assim como foi visto no estado do Ceará. Conclusão: A partir das informações obtidas, evidencia-se que a neoplasia hepática é um problema pertinente para a saúde pública no estado do Ceará, afetando variáveis que coincidem com os registrados no território nacional. É importante uma maior atenção acerca das medidas protetoras e de rastreio desta patologia por meio de políticas de prevenção e controle de fatores de risco, principalmente nos grupos que se mostraram mais prevalentes, devendo ser fortalecidas de modo a reduzir tais números e evitar a progressão da doença.

• Palavras-chave
• neoplasias, sistema único de saúde, fígado, vias biliares
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Área da Saúde

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