COMPORTAMENTO DOS CASOS DE DENGUE EM UM MUNICÍPIO DO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ

  • Autor
  • Francisca Erivângela Gomes Rocha
  • Co-autores
  • Aline Macedo de Oliveira Grangeiro , Marcelo Barbosa Cavalcante , Rofson Matheus Bezerra Diogenes , Vandbergue Santos Pereira. , Marcia Andrea Gonçalves
  • Resumo
  •  

     

    Objetivo

    Conhecer o comportamento dos casos de dengue em um município do sertão central do Ceará.

     

    Métodos

    Estudo descritiva, retrospectivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio do acesso as notificações de dengue no setor de epidemiologia do referido município, se apoiou no período de agosto de 2021 a fevereiro de 2022.

     

    Resultado

     Tabela 1. Total de casos de dengue notificados no período em estudo.

    Variáveis

    n

    %

    Casos confirmados por critério laboratorial (IgM reagente)

    49

    28,8

    Casos descartados por critério laboratorial (IgM não reagente)

    28

    16,5

    Casos suspeitos não confirmados (não realizado sorologia)

    93

    54,7

    Total

    170

    100%

     No recorte temporal de seis meses, notificaram-se 170 casos suspeitos de dengue no município. Destes, 28,8% casos suspeitos foram confirmados por critério laboratorial, 16,5% foram descartados por critério laboratorial e 54,7% não confirmados (Tabela 1).

    Gráfico 1. Distribuição dos casos confirmados de dengue.

    No mês de fevereiro/2022 não houve casos confirmados.    

     

    O gráfico 1 apresenta o comportamento dos casos de dengue no município no período de 6 meses. Os meses de agosto, setembro e outubro concentraram 89% (44) dos casos confirmados, seguido por um decréscimo no número de casos nos meses seguintes, novembro 2%, dezembro 4,1%, janeiro 4,1%.

     

    A fato desta pesquisa não ter sido analisada por um período de um ano, tornou-se uma limitação para a análise do comportamento dos casos da dengue neste município. Mais estudos precisam ser desenvolvidos para conhecer melhor a relação da dengue com a sazonalidade nesta região.

    Gráfico 2. Distribuição dos casos confirmados de dengue por gênero.

     

    Ao se analisar as variáveis sociodemográficas observa-se um predomínio de 55,1% dos casos no sexo fe­minino em comparação com o masculino que somaram 44,9%.

     

     

    Gráfico 3. Distribuição dos casos confirmados de dengue por faixa etária.

    Na vertente faixa etária mais acometida, observa-se uma predominância nos indivíduos de 20 a 39 anos com 42,9% dos casos confirmados, seguida da faixa etária de 1 a 9 anos com 20,4% (Gráfico 3).  Destaca-se aqui os casos de dengue acometendo a população menor de dez anos de idade.

     

     

    Gráfico 4. Distribuição dos casos confirmados de dengue por raça/cor.

    A raça parda teve um maior predomínio de casos com 57,2% seguida por 40,8% no qual a cor não foi informada (Gráfico 4).

     

    Conclusão

     

    Constatou-se que a dengue é um problema de saúde pública neste município, com a maioria dos casos presente na população feminina, na faixa etária de 20-39 anos e de raça parda. É importante a realização de programas preventivos voltados à população de adultos jovens. A prevenção da dengue implica, principalmente, em cuidar da constante necessidade de eliminar os criadouros do vetor, para que essa arbovirose seja erradicada.

    O município apresenta uma certa deficiência no preenchimento das notificações. Torna-se imprescindível o estabelecimento de estratégias no processo de capacitação dos profissionais de saúde, para a o entendimento e conscientização da importância da qualidade do registro das notificações de dengue, além da sensibilização e educação da sociedade para adoção de medidas de proteção e combate dessa doença.

     

     

     

     
  • Palavras-chave
  • Dengue, Epidemiologia, Infecções por Arbovirus
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