Objetivo: Analisar os riscos provenientes da obesidade na infância bem como descrever as medidas profiláticas recomendadas na literatura.
Metodologia: Foi realizada uma revisão atual de literatura, cujos dados foram obtidos a partir da análise de quatro artigos, os quais abordaram a temática dos riscos associados com a obesidade infantil, tais artigos foram retirados das bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE e foram publicados entre os anos de 2019 e 2023. Os descritores utilizados na pesquisa estão de acordo com os descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e são respectivamente “Obesidade Infantil”, “Manejo da Obesidade” e “Sobrepeso”.
Resultados: A obesidade é definida como o acúmulo excessivo de gordura que é prejudicial à saúde e ao bem-estar. É o resultado de um balanço energético positivo devido ao excesso de ingestão calórica e/ou atividade física inadequada; e é influenciada por vários fatores: genéticos, comportamentais e ambientais. A preocupação com o excesso de peso na infância relaciona-se a permanência desse quadro na vida adulta, porque uma criança obesa aos seis anos de idade apresenta mais chances de tornar-se um adulto obeso, e ao desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes mellitus, hipertensão, doenças cardiovasculares e displidemia ainda em idades precoces, além de contribuir no agravamento de doenças respiratórias. Essa condição aumenta o risco de distúrbios ortopédicos, neurológicos, pulmonares, gastrointestinais, endócrinos, dermatológicos e hepáticos, além de estar relacionado a diferentes consequências psicossociais, como depressão, discriminação e exclusão social. Desse modo, ganham bastantes destaque as medidas de prevenção primária, como estimular o respeito, por parte materna, acerca do aleitamento materno exclusivo até os seis meses, evitar a introdução precoce de alimentos industrializados e gordurosos no cardápio alimentar da criança, promover o estímulo de hábitos saudáveis em se tratando ingerir frutas, legumes e verduras, além de incentivar a prática de atividades físicas, sendo um fator importante para a prevenção do sobrepeso/obesidade infantil.
Conclusão: Diante disso, com o objetivo de reduzir os malefícios ocasionados pela obesidade da criança e estimular práticas de prevenção, torna-se fundamentais ações de cunho educacionais para influenciar uma alimentação saudável, bem como incentivar a prática de exercícios físicos, tendo em vista que são mecanismos utilizados para a prevenção da obesidade infantil, além de incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida da criança. Ademais, tais medidas preventivas estão associadas à promoção à saúde infantil, principalmente, com o intuito de diminuir a incidência de quadros de obesidade nos infantes e, desse modo, prevenir possíveis doenças crônicas, que aumentam os fatores de risco na saúde da criança.
Palavras-chave: Obesidade Infantil. Manejo da Obesidade. Saúde da Criança.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura