INJEÇÃO INTRATIMPÂNICA NA DOENÇA DE MÉNIÈRE

  • Autor
  • Julia Camara Ferreira Pinto
  • Co-autores
  • Ana Luise Almeida da Cunha , Enzo Matthias de Almeida Chirico , Geovanna Hellen Pedrosa Souto , Rafaela Sousa Mendes , Victor Jose? Timbo? Gondim
  • Resumo
  • Objetivo:

    Avaliar a eficácia dos pacientes submetidos a injeção intratimpânica na doença de Ménière

     

    Metodologia:

    O presente trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica conduzida nas bases de dados MEDLINE e LILACS através da utilização dos descritores Ménière Disease, Injection, Intratympanic, Therapeutics e suas combinações. Foram incluídos artigos originais, estudos de caso-controle, metanálise, ensaios clínicos e estudos de coorte publicados nos idiomas português, inglês e espanhol entre 2018 a  2023, com temática pertinente ao objeto de estudo. Os critérios de exclusão foram relatos de casos, capítulos de livros e artigos que não houvesse disponibilização de leitura completa da publicação. Após isso foram selecionados 17 estudos para compor esta revisão.

     

    Resultados: 

    A aplicação intratimpânica representa uma terapia focalizada que visa minimizar efeitos colaterais, reduzindo sua absorção sistêmica e promovendo sua ação mais localizada. Este procedimento pode ser considerado como uma abordagem opcional antes de recorrer a intervenções cirúrgicas, buscando ser menos invasivo para o paciente.

     

    A gentamicina mostrou-se útil na diminuição e até melhora completa da vertigem na doença refratária sendo uma alternativa de tratamento. A dose é administrada semanalmente ou mensalmente, e o restante é administrado conforme necessário, apresentando a mesma eficácia e causando menos dano à audição do que doses diárias. Observou-se que a dose de 0,5 ml com concentração de 40 mg/mL é eficaz quando comparada com doses maiores. Quando associada à dexametasona, foi possível observar a redução maior da incidência da vertigem, zumbido e instabilidade da marcha, porém os resultados não perduraram após 6 meses.

     

    Os esteróides administrados por via intratimpânica (IT), quando comparados aos orais, demonstraram melhor resposta terapêutica e promoveram uma melhor qualidade de vida. Essa é considerada a melhor associação para o controle da vertigem e a preservação auditiva, podendo ter alteração na audição subjetiva, mas com pouca diferença em exames de audiometria e não possuindo tanta eficácia no zumbido ou plenitude aural após o tratamento. Foi observado que em altas doses os esteróides têm uma resposta melhor do que o grupo placebo, entretanto, alguns estudos descrevem essa terapia com pouca ou nenhuma diferença para os pacientes, possivelmente devido a achados ao acaso. Um estudo mostrou a ocorrência de micose em 2 dos 124 pacientes durante o uso dos esteróides.

     

    Altas doses de beta-histina foram relacionadas a uma maior diferença na melhora da audição em comparação com o placebo. O uso de lidocaína foi relacionado à diminuição da vertigem, zumbido e plenitude, mas ambos com menor significância que a dexametasona.

     

    Conclusão: A gentamicina demonstra eficácia contra a vertigem, porém está associada à ablação do sáculo e canal horizontal. Existem estudos que tentam minimizar esse efeito, mas não conseguem eliminá-lo completamente. Os esteróides mostraram controle da vertigem, mas há divergência em sua eficácia entre os estudos. Outros fármacos, como lidocaína e beta-histina, mostraram efeitos, porém são menos eficazes que os esteróides. Entretanto são necessários mais estudos sobre estes fármacos e suas reações colaterais.

  • Palavras-chave
  • Ménière Disease, Injection, Intratympanic, Therapeutics
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