COMPORTAMENTO CLÍNICO, PROGNÓSTICO E DESFECHOS DA COVID-19 EM PACIENTES ONCOLÓGICOS NO ESTADO DO CEARÁ: ANÁLISE COM 120 PACIENTES

  • Autor
  • MARIANA BARBOSA MACIEL PICANÇO
  • Co-autores
  • ERNANE BRUNO OSÓRIO , MARCELA BARRETO DE MELO , ROSANE OLIVEIRA DE SANT'ANA , IGOR PICANÇO DE VASCONCELOS
  • Resumo
  • COMPORTAMENTO CLÍNICO, PROGNÓSTICO E DESFECHOS DA COVID-19 EM PACIENTES ONCOLÓGICOS NO ESTADO DO CEARÁ: ANÁLISE COM 120 PACIENTES

     

    Ernane Bruno Osório*

    Igor Picanço de Vasconcelos

    Marcela Barreto de Melo

    Mariana Barbosa Maciel Picanço

    Rosane Oliveira de Sant’Ana

     

    (Instituto do Câncer do Ceará - ICC, Fortaleza, Ceará)

     

    Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo analisar o comportamento clínico, o prognóstico e o desfecho da doença em pacientes portadores de neoplasias malignas, em atendimento no Instituto do Câncer do Ceará, e infectados pelo vírus SARS-CoV-2, no período de março de 2020 a agosto de 2021.

    Métodos: Constitui-se em um estudo quantitativo, transversal, observacional e retrospectivo. Pacientes não portadores de neoplasias foram incluídos para fins de comparações entre os grupos. 

    Resultados: Prontuários de 120 pacientes foram recrutados, analisados e tabulados estatisticamente. Constatou-se que 50% dos pacientes eram do sexo masculino. A idade mediana da amostra foi de 56,8, sendo de 62,4 no grupo de pacientes oncológicos e de 51,6 entre os indivíduos sem neoplasias. Ainda, 48,3% da amostra foi constituída por pacientes oncológicos, e os principais sítios primários foram mama, estômago e próstata. Os sintomas iniciais predominantes foram dispneia (73,3%), febre (67,5%) e tosse (65,8%). Linfopenia foi observada em 64,8% da amostra. O comprometimento pulmonar predominante foi de 25% a 49% (39,6%). A corticoterapia (74,2%) foi o principal tratamento prescrito. Ainda, 38,3% da amostra necessitou de cuidados intensivos, com um maior percentual dentre os pacientes portadores de neoplasias (41,4%) em comparação com os pacientes não oncológicos (35,5%). O uso de ventilação mecânica foi demandado por 23,3% da amostra, sendo também maior entre os pacientes oncológicos (29,3%) em relação aos indivíduos não portadores de neoplasias (17,7%). O desfecho óbito foi registrado em 27,5% da amostra, sendo de 44,8% no grupo de pacientes oncológicos e 11,3% entre os pacientes sem neoplasias. 

    Conclusão: Conclui-se que, no contexto da pandemia da COVID-19, os pacientes portadores de neoplasias malignas parecem estar submetidos a desfechos mais desfavoráveis em comparação com os pacientes não oncológicos, o que inclui maior necessidade de cuidados intensivos, maior necessidade de uso de ventilação mecânica e óbito. 

     
  • Palavras-chave
  • COVID-19, suporte clínico, pandemia
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