INTRODUÇÃO: O termo qualidade de vida vem sendo muito discutido nos dias de hoje, devido ao aumento da expectativa de vida e à busca constante por uma experiência de maior qualidade. Ao falar em qualidade de vida, engloba hábitos cotidianos, que podem ser prejudiciais à saúde, como sedentarismo, uso nocivo de álcool, tabagismo, alimentação inadequada e estresse, que são considerados fatores de risco que reduzem a qualidade de vida, estando associados com doenças crônicas não transmissíveis. Tais doenças geralmente persistem ao longo do tempo, geralmente não se resolvem espontaneamente e raramente são curáveis, alterando completamente o cotidiano do indivíduo. Portanto, intervenções no estilo de vida realizadas por profissionais de saúde para promover a perda de peso são recomendadas como tratamento fundamental no controle de doenças crônicas associadas a distúrbios metabólicos, especialmente o diabetes tipo 2. OBJETIVO: Avaliar o impacto das mudanças no estilo de vida no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática com artigos alocados na base de dados da plataforma PUBMED, publicados no período entre 2018 e 2023. Os algoritmos de busca incluíram: mudanças no estilo de vida, diabetes tipo 2, obesidade e hipertensão. A revisão segue as diretrizes PRISMA e os dados foram coletados em ensaios clínicos randomizados. RESULTADOS: Durante a busca foram encontradas 86 publicações, das quais 23 foram selecionadas de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Estudos demonstraram benefícios em doenças crônicas não transmissíveis com mudanças no estilo de vida, adesão dos pacientes a uma dieta mediterrânica, alimentação saudável e a prática de exercícios regulares. A redução de peso como consequência de intervenções no estilo de vida, por sua vez, melhora a resistência à insulina e as melhorias glicêmicas observadas com a perda de peso tornaram-se relevantes em países com taxas crescentes de obesidade. CONCLUSÃO: Estudos sobre prognóstico de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis demonstraram boa associação entre bom prognóstico e mudanças no estilo de vida. Além disso, os pacientes que perderam peso também apresentaram melhora nos índices glicêmicos. Portanto, é correto afirmar que os pacientes que mudaram o estilo de vida tiveram uma melhora significativa na evolução da sua doença em comparação com aqueles que não aderiram ao tratamento não medicamentoso.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura