Objetivos: A dengue é uma arbovirose que se tornou desafio de saúde pública no Brasil, sendo necessárias ações eficientes para o controle da transmissão no país. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos casos de Dengue no Brasil entre 2014 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, com coleta de dados secundários obtidos através de uma consulta no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre as notificações acerca dos casos de dengue no Brasil entre os anos de 2014 e 2023, utilizando a Classificação Internacional de Doenças (CID 10 – 032.1). Para a pesquisa, as variáveis selecionadas foram: casos confirmados por internações por região, faixa etária, sexo, raça e evolução. Por se tratar de pesquisa a partir de dados secunda?rios, na?o foi necessa?ria submissa?o a Comite? de E?tica em Pesquisa, segundo a resoluc?a?o 510/2016. Resultados: No período avaliado foram notificados 10.126.210 casos de dengue no Brasil, destacando-se a região Sudeste com 5.053.040 notificações (49,90%). Em relação ao sexo, cerca de 55% dos casos (n=5.569.499) foram do sexo feminino, enquanto o sexo masculino deteve 44,85% das notificações (n=4.541.450); 0,14% das notificações foram cadastradas como sexo ignorado e 0,004% como em branco. Quanto à faixa etária, as notificações predominaram entre os cidadãos de 20 a 39 anos, com 3.790.101 casos (37,42%), sendo a menor incidência entre indivíduos com mais de 80 anos, nos quais foram registrados 116.345 casos (1,15%). No tocante à evolução dos casos, a maioria dos casos notificados evoluíram para a cura [7.529.820 (74,36%) casos]. Conclusão: Assim, a partir da análise dos dados, observa-se que a dengue segue como um grande problema de saúde no Brasil, afetando, majoritariamente, o sexo feminino, indivíduos residentes na região Sudeste e acometendo, principalmente, indivíduos na faixa etária produtiva. O elevado número de casos de dengue no país reflete a necessidade de um sistema de saúde mais eficiente, abrangente e multidisciplinar, e a realização de medidas públicas de abordagem preventiva combinada com uma educação adequada sobre o manejo clínico desta arbovirose.
Presidente XXXIV OUTUBRO MÉDICO
Adner Nobre de Oliveira
Presidente da Associação Médica Cearense
José Aurillo Rocha
Diretor Financeiro
Marcos Aurélio Pessoa Barros
Comissão Científica e de Trabalhos Científicos
José Nazareno de Paula Sampaio
Maria Sidneuma Melo Ventura