PARALISIA FLÁCIDA AGUDA EM CRIANÇAS NAS REGIÕES DO BRASIL NO PERÍODO DE 2017 A 2021

  • Autor
  • Mariana Salviano de Sousa
  • Co-autores
  • Alan Gustavo Vieira França , Camila Loren Costa Lima , Raissa Samara Mota Cassemiro , Francisca Jessika Nunes de Moura , Francisco José Maia Pinto
  • Resumo
  • Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da paralisia flácida aguda em crianças, menores de 1 ano até 14 anos de idade, nas regiões do Brasil no período de 2017 a 2021. 

    Métodos: É um tipo de estudo transversal e descritivo, em que foi utilizado como plataforma o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisadas as notificações de Paralisia Flácida Aguda (PFA) nas regiões do Brasil no período de 2017 a 2021. As variáveis utilizadas foram: notificações segundo região/UF do país, ano do primeiro sintoma e faixa etária em crianças. A análise foi feita por frequências absolutas e percentuais.

    Resultados: O total equivalente de casos no Brasil nesses últimos cinco anos foi equivalente a 1.762 notificações considerando o primeiro sintoma e a região geográfica. A partir das informações coletadas foi viável constatar que durante o período analisado a região Nordeste apresentou o maior registro de notificações 691(39,3%) seguido do Sudeste 500(28,3%), Sul 251(14,2%), Norte 199(11,2%) e a região Centro-Oeste 121(7,0%).

    Conclusões: A região com o maior número de notificações de casos suspeitos de PFA é o Nordeste. Isso ocorre devido à negligência governamental e também a falhas de comunicação com a população sobre a importância da vacinação. Nos artigos pesquisados foi observado o aumento da notificação de casos de PFA, quadro clínico da poliomielite, a qual é uma doença viral em que a sua única forma de prevenção é a vacinação. Os principais fatores para o seu possível reaparecimento é devido sobretudo à diminuição da cobertura vacinal, a qual ocorre pela falta de adesão dos responsáveis das crianças, da propagação dos movimentos antivacina, da influência das fake news e de questões políticas. Além disso, a desigualdade social, a disponibilidade de vacinas, a renda, o acesso à educação, o saneamento básico, a comunicação e as condições de moradia são fatores que influenciam no ressurgimento dessa doença. Ademais, há a problemática no que se refere ao número de casos, uma vez que há a subnotificação e também notificações errôneas, as quais ocorrem por falhas no gerenciamento das notificações. Em decorrência disso, o foco das políticas públicas devem ser a prevenção, o monitoramento nas diversas regiões do Brasil e o incentivo às ações de imunização, principalmente nas regiões com o maior índice de notificação, que é o Nordeste.

  • Palavras-chave
  • Paralisia, Criança, Brasil.
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